VEJA ONDE SE VACINAR CONTRA A FEBRE AMARELA
Estado do jovem de 17 anos, com suspeita da doença, é irreversível. Macacos apareceram mortos no Parque da Tijuca.
Os quatro macacos -prego encontrados mortos no domingo, próximo à comunidade do Catrambi, na Usina, em área do Parque Nacional da Tijuca, intensificaram ainda mais o clima de alerta contra a febre amarela no estado. Ontem, os postos de saúde da região ficaram cheios de pessoas em busca da vacina. Um jovem de 17 anos, internado no Hospital São Francisco, na Tijuca, com quadro de hemorragia cerebral, pode ser portador da doença.
Os macacos foram removidos do local na manhã de ontem e encaminhados ao Instituto Jorge Vaitsman, para uma avaliação inicial. Em seguida, serão analisados pela Fiocruz para verificar se a causa das mortes foi a febre amarela.
Moradores da comunidade disseram que foi a primeira vez que ocorreu uma mortandade de macacos na área. Esses animais indicam a presença do vírus, no entanto, eles não transmitem a doença para seres humanos.
Moradora do Catrambi, a cuidadora de idosos Regina Célia Martins, de 42 anos, preferiu não arriscar e já tomou a vacina. “Fiquei com medo e desci para tomar hoje. Sempre convivemos com os macacos aqui e não acreditamos que tenham morrido por envenenamento”, contou.
No Centro Municipal de Saúde Heitor Beltrão, na Tijuca, de 8h até às 15h, mais de 700 pessoas já haviam sido imunizadas. Ontem, a unidade médica disponibilizou 800 senhas. Acompanhada de filha de 11 anos, a dona de casa Rosângela Araújo Ribeiro, 51, disse que decidiu ir ao local por prevenção. “Ficamos preocupados e decidimos vir. Não queremos que nada aconteça, já que moramos em uma região onde tem mata e muitos macaquinhos. Tenho uma filha pequena e a prevenção é o melhor remédio”.
Luiz Fernando Valente Rodrigues, de 17 anos, que buscou um doador de fígado através de uma campanha nas redes sociais, pode ter sido vítima de febre amarela. A informação foi confirmada pelo médico Eduardo Costa Pinto, do Hospital São Francisco, onde ele está internado. “Ele teve um edema cerebral seguido de uma hemorragia. O quadro é irreversível”.
De acordo com a mãe do rapaz, Fernanda Iara Tavares Valente, a doença evoluiu rapidamente. Luiz apresentou os primeiros sintomas em 4 de janeiro. O jovem passou por dois hospitais até ser trazido para o Rio.