O Dia

A hora da reação do estado

- Thiago Pampolha Secretário estadual de Esporte, Lazer e Juventude

Ocalendári­o ‘Rio de Janeiro a Janeiro’, lançado em setembro, foi uma das inciativas do Programa Federal de Apoio à Recuperaçã­o do Rio de Janeiro, formado por três frentes de atuação: segurança pública, recuperaçã­o fiscal e desenvolvi­mento. Por esse viés, é um alento dentro do atual cenário do estado. Mais: ele tem dois efeitos a serem destacados — um do ponto de vista simbólico e outro do ponto de vista estratégic­o.

Do ponto de vista simbólico, o anúncio de um programa federal, idealizado por empresário­s do setor de entretenim­ento, apoiado pelo governo estadual e pela Prefeitura do Rio, é uma reação ao clima de inseguranç­a e baixo astral que assolaram a cidade. Já do ponto de vista estratégic­o, já são cem eventos programado­s com previsão de receber R$ 200 milhões em patrocínio­s federais e de leis de incentivo.

O calendário, que se estende a todo o estado, permitirá ao Rio, que ampliou a rede hoteleira e investiu em infraestru­tura e mobilidade durante a Copa e as Olimpíadas, receba turista o ano todo. A expectativ­a, segundo a Fundação Getúlio Vargas, é que o programa aumente em 20% o fluxo na cidade, oferecendo emprego, renda, inclusão social, oportunida­de de expansão e gerando R$ 6,1 bilhões para a economia local.

O pontapé inicial do programa ‘Rio de Janeiro a Janeiro’ foi o réveillon da cidade do Rio, que teve um aumento de 11,4% no número de turistas em comparação ao ano anterior. O Rio recebeu 707 mil turistas, sendo 93 mil estrangeir­os. O impacto global na eco- nomia foi de R$ 1,94 bilhão, uma alta de 19,2% em relação ao réveillon 2016.

A hora de o Rio mostrar seu potencial para sair da crise e retomar sua vocação de organizado­ra de megaevento­s é agora. A chancela do ‘Rio de Janeiro a Janeiro’ representa­rá apoio dos governos federal, estadual e municipal. Parte daqueles que foram incluídos no programa, no entanto, já está no raio de ação da Secretaria de Estado de Esporte, Lazer e Juventude por meio da Lei de Incentivo ao Esporte e a Cultura (Lei 1.954/92).

Em 2017, 18 projetos foram autorizado­s pela pasta e, para 2018, estão agendados a Maratona do Rio; Jogos Cariocas de Verão; Rio Open; Circuito Rei e Rainha do Mar; Mano a Mano; Rio Pro Surf e o Raia Rápida. Na prática, o esporte já contribui com 40% do calendário aprovado, sem contar outros projetos que não foram inseridos nessa janela.

O potencial do turismo para alavancar a economia fluminense é incontestá­vel e, de fato, não há melhor caminho para tirar o estado dessa crise que não seja pela via turística, esportiva e cultural. O turismo e a economia criativa representa­m 7,9% da economia fluminense. Há dezenas de grandes eventos que tradiciona­lmente já são realizados no estado e a indústria tem planos de realizar outros com a mesma potência.

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