COMEÇA NA ESCOLA
▪ Crianças aprendem rápido. Por estarem na fase de desenvolvimento, capturam conhecimento de forma surpreendente, pois o cérebro delas está “novo”, digamos assim. E na escola, o ambiente é propício a novos conhecimentos, independentemente do tema abordado em sala de aula.
Diante disso, os colégios são o lugar ideal para ensinar a importância de se usar a energia em casa de forma racional e adequada. Desde cedo, as crianças devem saber que apagar a luz depois de sair do quarto ou do banheiro, tomar banhos mais curtos, não abrir a geladeira sem necessidade, não deixar a TV ligada sozinha e usar a luz natural em vez das lâmpadas durante o dia são atos importantes e que ajudam tanto na economia doméstica como no dimensionamento da geração de energia pelos governos.
Com essas medidas simples elas ajudam a preservar o meio ambiente (porque evitamos o gasto de recursos naturais para produzir a energia que está sendo consumida desnecessariamente) e economizar o dinheiro que pode ser usado para comprar alimentos, roupas e brinquedos, por exemplo.
As aulas também são o momento certo para falar que não se deve fazer gatos de luz, mostrando com uma linguagem simples os riscos que existem na prática, bem como deixar na memória das crianças que gato é crime. E que, além de ser errado e ilegal, quem paga pelo furto de energia é o próprio consumidor porque o custo dessa perda acaba sendo distribuído por toda a população, inclusive, aqueles que pagam suas contas regularmente.
Energia é um bem precioso, cada vez mais caro. Basta conferir a conta de luz para perceber isso. Além disso, os hábitos de consumo estão demandando mais energia. Há 30 anos, nossos lares não eram “eletrificados” como hoje. O conforto proporcionado por eletrodomésticos é cada vez maior. Aparelhos como micro -ondas e condicionadores de ar são indispensáveis hoje em dia, mas num passado nem tão distante, comprá-los era algo difícil e caro.
O bom uso, desde cedo, ajuda a minimizar o impacto do consumo sobre o meio ambiente, por combater o desperdício, e preserva o bolso. Aprender o uso racional da energia na escola tem um efeito de curto e longo prazo para todos - e custa muito pouco para adotar. Sérgio Malta é presidente do Conselho de Energia da Firjan.