O Dia

Governo Temer finaliza texto para lançar novo PDV

MP será publicada no fim do mês para programa continuar e atrair mais funcionári­os

- Paloma Savedra

Ainda não foi finalizada a nova medida provisória da União para dar continuida­de do Programa de Demissão Voluntária (PDV) dos servidores federais. Os últimos ajustes, de cunho jurídico, estão sendo feitos, e, de acordo com integrante­s do Executivo, o texto deverá sair no fim deste mês.

Como apenas 240 pessoas aderiram ao programa lançado no ano passado — ao contrário da expectativ­a de 5 mil —, o governo Temer pretende, agora, alcançar mais funcionári­os. O objetivo era gerar economia de R$ 1 bilhão ao ano.

A ideia é formular uma proposta mais atrativa que a anterior, e que receba aval do Congresso Nacional para ter caráter permanente. Isso porque representa­ntes do governo federal acreditam que se a nova MP passar pelo Parlamento terá alterações, e que o funcionali­smo prefere aguardar o texto final para aderir ao programa.

A Medida Provisória 792, de 26 de julho de 2017, que lançou o PDV, perdeu a validade em 28 de novembro do ano passado. E programa não era limitado apenas às demissões, mas propôs a licença incentivad­a sem remuneraçã­o, e a jornada de trabalho reduzida.

Do total de 240 servidores que se inscrevera­m, 153 se interessar­am pela redução de jornada, 76 pela saída do setor público, e 11 pela licença incentivad­a.

Para a demissão voluntária, o governo prometeu 1,25 (um quarto) do salário por ano trabalhado. De acordo com o Ministério do Planejamen­to, essas condições ficam mantidas no novo PDV. Serão definidos os órgãos e cidades de lotação dos servidores, e carreiras abrangidos.

Como na outra MP, continuará impedido de aderir ao plano, por exemplo, quem esteja em estágio probatório, e que tenha cumprido os requisitos legais para aposentado­ria.

Em relação à jornada reduzida, o Planejamen­to anunciou que será proposta ao servidor a opção de alterá-la de oito horas diárias para seis ou quatro horas. Com isso, será garantido o pagamento adicional de meia hora diária. Sobre a licença incentivad­a sem remuneraçã­o, a previsão da União é de pagar três salários a quem aderir à medida e ficar afastado por três anos consecutiv­os.

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ALAN SANTOS/PR O presidente Michel Temer insistirá na saída de servidores do setor público para reduzir gastos
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