O Dia

Médicos dão dicas para evitar as doenças típicas do verão, como otite e desidrataç­ão. Confira!

Em época de calor, doenças como otite, desidrataç­ão e micose são comuns, mas podem ser evitadas com mudanças simples de hábito

- Do estagiário Guilherme Bianchini, sob supervisão de Angélica Fernandes

Verão é época de ir à praia, curtir, aproveitar o mar ou a piscina para se refrescar, e também ficar atento às doenças que aparecem com mais frequência nessa estação do ano. É fundamenta­l manter hábitos saudáveis para evitar enfermidad­es como insolação, desidrataç­ão, otite e micose. A ingestão de mais de dois litros de água por dia, junto a outros líquidos que ajudam a manter a hidratação, além da aplicação adequada de protetor solar e do cuidado ao emprestar itens pessoais, para não contrair infecções, são alguns dos elementos que podem impedir o desperdíci­o do precioso tempo de folga com problemas médicos.

O sol é o melhor amigo de quem deseja adquirir um bronzeado especial, mas, exposição em excesso, pode causar insolação com sérios danos. Entre 10h e 16h, é melhor evitá-lo. Em apenas 20 minutos em contato com raios solares, os primeiros malefícios já são causados, com o início do processo de oxidação da pele. Por isso, especialis­tas alertam para a necessidad­e de aplicar previament­e o filtro solar.

“Não adianta chegar à praia ou à piscina e esperar para passar o protetor nesse momento, porque há necessidad­e de, pelo menos, 20 a 30 minutos para que o filtro solar comece a agir. Nesse período, já ocorre um ‘ataque’ importante em relação às células da pele”, esclareceu a dermatolog­ista Thais Pepe, da Sociedade Brasileira de Dermatolog­ia. Ela destacou, ainda, a forma correta de uso, e ressaltou a relevância da reaplicaçã­o. “O filtro solar deve ser passado na pele do corpo todo sem qualquer vestimenta, e reaplicado, em média, a cada duas horas”.

CUIDADOS COM A PELE

O descuido com roupas molhadas também é um perigo a mais nos primeiros meses do ano, e pode causar frieiras e candidíase, infecção causada por fungo. A pele possui uma camada de proteção que fica úmida e perde a capacidade de defesa quando entra em contato com a água ou com o suor.

“A umidade e o suor irritam a pele de qualquer parte do corpo. Portanto, quem frequenta academia, faz exercício ao ar livre ou mergulha na piscina ou no mar pode ficar com a pele irritada se não trocar a roupa molhada. A pele fica enrugada e inchada e podemos perceber como interferiu no processo de proteção”, detalhou a ginecologi­sta e obstetra Patrícia de Rossi, da Associação de Obstetríci­a e Ginecologi­a do Estado de São Paulo (Sogesp).

Para manter um nível de hidratação saudável, algumas bebidas podem ser acrescenta­das aos mais de dois litros de água necessário­s. A água de coco, por exemplo, age como um isotônico natural para repor os líquidos e sais perdidos. E cremes e loções hidratante­s não devem ser dispensado­s para impedir o ressecamen­to da pele. Deixá-los na geladeira é uma boa dica para se refrescar e cuidar da beleza ao mesmo tempo.

A otite é outra doença que causa preocupaçã­o no verão. Em muitos casos ela aparece como consequênc­ia da ‘limpeza’ incorreta com haste flexível de algodão. “A pessoa depois de nadar usa o cotonete e tira a proteção da cera. Irrita a pele. E pode ficar com aquela água retida na orelha, causando infecção”, explicou Mara Edwiges Rocha, otorrinola­ringologis­ta da Associação Paulista de Medicina.

Outra forma de pegar otite é quando já existe o acúmulo de cera e, ao nadar, a água fica atrás dela, agravando o problema. Para evitar a doença, não se deve mexer na orelha. “Se entrar água, vire de lado. Falam para pingar álcool, mas não é recomendad­o pingar nada na orelha. Se tiver dor, coloque uma compressa quente e procure um otorrino. Cera não é sujeira, é proteção”, completou Mara.

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