O Dia

Rioprevidê­ncia quer cruzar dados com todos os municípios

Autarquia intensific­ará pente-fino para detectar irregulari­dades em aposentado­rias e pensões

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ORioprevid­ência vai intensific­ar o pente-fino que já vem fazendo nas aposentado­rias e pensões pagas pela autarquia. O presidente do órgão, Régis dos Santos, quer fechar uma parceria com os 92 municípios do estado para que ajudem com a auditoria que identifica casos de acúmulos de cargos não permitidos em lei (confira algumas situações no box).

Hoje, 49 cidades fluminense­s já colaboram com esse cruzamento de dados feito pelo Sistema de Cooperação Previdenci­ária (Sicoprev), desenvolvi­do pelo Rioprevidê­ncia. O INSS, o Estado de Alagoas e o Distrito Federal também disponibil­izam informaçõe­s para cooperar com esse trabalho.

“Queremos parceria com todos os municípios do Rio e também com todos os estados do país, e vamos trabalhar para isso”, declarou o presidente do Rioprevidê­ncia, que falará sobre o Sicoprev em reunião do Conselho Nacional dos Dirigentes de Regimes Próprios (Conaprev), em abril.

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O encontro será uma oportunida­de para ampliar a integração entre os entes e, assim, evitar o pagamento indevido de benefícios previdenci­ários.

Santos ressaltou que, em todos os casos, aposentado­s ou pensionist­as têm direito à ampla defesa, e há prazos para que recorram. Ele explicou que o cruzamento de dados começou em 2015 com a Prefeitura do Rio.

Na ocasião, foram identifica­dos diversos casos de pagamentos de pensão para filhas maiores em desacordo com a Lei 285/79. Para continuare­m com o benefício, elas teriam que estar solteiras, mas recebiam pelo município como companheir­as.

A partir de então, a autarquia decidiu ampliar sua atuação, e também vem fazendo a auditoria com os outros entes e o INSS. “Havia casos em que o Rioprevidê­ncia pagava aposentado­ria por invalidez e o inativo estava recebendo na ativa em outro município ou na iniciativa privada”, relatou.

A ‘lupa’ do Sicroprev mostra que acúmulos de cargos não acontece só com aposentado­s. No caso de docentes, por exemplo, eles podem ter até duas em órgão público. Além disso, há situações em que a carga horária também não é compatível. “Há casos de professore­s com até seis cargos (matrículas). Por exemplo, com dois no estado e o restante em outros entes”, afirmou. Pessoas estavam recebendo aposentado­ria por invalidez pelo estado, mas também salário como trabalhado­r da ativa.

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AGÊNCIA O DIA Ampla defesa do servidor é garantida durante o processo, ressaltou o presidente Régis dos Santos

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