O Dia

Não bastasse..

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N ..A fragilizaç­ão da fiscalizaç­ão se dá em meio à crise na segurança pública, em especial no Rio, onde, nos últimos 10 meses, a Receita já apreendeu 2,5 toneladas de cocaína.

cadeia na década de 90 – está menos reticente a uma candidatur­a ao Governo do Rio de Janeiro pelo PPS, seu partido. Ela disputou em 2006, quando perdeu no 2º turno para Sérgio Cabral. À época, investiu, acreditem, menos de R$ 200 mil na campanha eleitoral.

Páscoa vem de passagem.Passagens interrompi­das cheiram a escravidão. Páscoa é liberdade. Passagens enterradas cheiram a morte. Páscoa é vida.

Foi assim nos idos de antigament­e, quando um povo sonhava em sair de uma terra onde eram tratados com indignidad­es para experiment­ar, mesmo que no deserto, a sensação de irmandade. Os irmãos não se escravizam uns aos outros.

Foi assim, também, nos dias de Jesus. Pregaram na cruz o Pregador do Amor. O que houve? Não era Ele que curava os que de cura precisavam, que abraçava os que ninguém abraçava, que olhava com os olhos de amanhecer? Os paralítico­s andavam, os leprosos sentiam-se acolhidos, os desesperan­çados amanheciam. Então, que mal fez Ele? Por que os gritos de “crucifica-o” abafaram as canções de liberdade? Escravos de opiniões alheias, afogados nos ódios dissipados por aqueles que tinham medo de perder algum poder, já não sabiam o que faziam.

E é assim, do alto da dor, que diz Jesus: “Pai, perdoa-os, eles não sabem o que fazem”. E não sabiam mesmo. E não sabemos nós quando optamos por tudo o que nos restringe a liberdade ou a vida.

Os tempos são outros, mas as algemas persistem a nos enganar. Desconhece­mos a passagem necessária que nos leva à montanha sagrada, que nos permite ouvir o sermão da humildade. Lá, em uma relva suave, os sentimento­s poderiam ser suavizados. O Galileu falava de amor e de humildade, de perseguiçõ­es e de justiça, de engodo e de verdade. É a verdade que nos liberta. Mas o que é a verdade? Como encontrá-la? Talvez esteja ela naquele ferido que aguarda alguém que desça de onde estiver e que dele cuide. Foi assim que Ele explicou quando falou da vida que não se encerra, quando desenhou a face do próximo. O bom samaritano. O próximo é quem cuida de mim. O amor ao próximo é o que me revela a verdade mais sagrada, a tal liberdade.

Não há liberdade no ódio, não há liberdade na mentira, não há liberdade na injustiça. Mas estão todos eles por aí, o ódio, a mentira, a injustiça. Sim, está por aí como por aí estão a morte e a escravidão.

Mas hoje é Páscoa, é passagem, é mais uma vez um convite a deixar as algemas, as que querem nos colocar e as que queremos colocar nos outros, e partirmos para viver o chamado que Ele nos faz.

O Paraíso começa aqui, nos sorrisos que somos capazes de dar, nos abraços que consolam, nos olhares que nos retiram da multidão e que conferem o poder de unicidade.

O que Deus nos oferece vai além dos templos e das cerimônias, mas são eles importante­s quando nos ajudam a compreende­r, nunca a odiar. Seria muito estranho acreditar em um Deus que representa­sse o ódio ou a vingança ou as matanças de reputação. Em nome de Deus, só pode falar quem tem voz de liberdade. Quem tem ouvidos capazes de ouvir o barulho das cachoeiras e dos animais, quem tem lágrimas que jorram emoções.

Em nome de Deus, só pode falar quem O experiment­a. Experiment­ar Deus é mais humano que compreendê-lo. Depois de todos os acontecime­ntos daqueles tempos, depois dos ditos dos que viram que o túmulo estava vazio, que a vida havia vencido a morte; depois de reconhecer­em aquele homem falando “Que a paz esteja convosco”, puderam eles, podemos nós, compreende­r- não há força mais poderosa que o Amor.

Era o amanhecer de mais um dia...

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