MP quer barrar indicados de Pezão na Agetransp
Agência é responsável por fiscalizar trens e metrô, que causaram problemas ontem, pela manhã, para os passageiros
Em um dia em que os trens e metrô paralisaram os serviços pela manhã, deixando passageiros no sufoco, o Ministério Público estadual informou que entrou com ação para impedir a nomeação de quatro indicados pelo governador Luiz Fernando Pezão ao conselho-diretor da Agetransp, a agência reguladora dos transportes no estado. O órgão é responsável por fiscalizar trens, metrô e barcas e, em caso de falhas dos operadores, determinar a punição das concessionárias.
Segundo a ação, os indicados Murilo Provençano do Reis Leal, Gothardo Lopes Netto, Maria das Graças Tuze de Matos e Lucineide Pereira Cabral Marchi não possuem qualificação técnica e nem experiência suficiente no setor de transporte par ocupar os cargos. O MP quer que o governador envie nova lista de nomes que cumpram os requisitos legais, como experiência de 10 anos no setor, para a aprovação da Assembleia Legislativa em até 30 dias.
Murilo foi candidato a prefeito de Paracambi, e Gothardo é deputado estadual e ex-prefeito de Volta Redonda, além de de ter sido condenado por improbidade administrativa pela Justiça Federal. Maria das Graças e Lucineide Marchi já compõem o conselho-diretor da agência, mas, segundo o MP, também não tinham experiência no setor. A Agetransp e o governo do estado não se manifestaram sobre o assunto.
Ontem, às 7h15, O MetrôRio fechou duas estações da Linha 4, Jardim Oceânico e São Conrado, alegando falta de energia. O entrono das duas estações ficaram lotados, com os passageiros tentando ir para o trabalho de ônibus. O serviço operou por cerca de 30 minutos somente entre Antero de Quental e Uruguai, afetando com atrasos também a Linha 1.
Já os trens tiveram atrasos no ramal Saracuruna durante a manhã. Segundo a SuperVia, os atrasos foram causados por problema de transmissão de energia em cabos da rede aérea, perto da Manguinhos. As composições ficaram lotadas.