O Dia

Anistia de bombeiros voltará a ser discutida

Nova reunião para tratar do assunto ocorrerá na próxima segunda-feira entre membros da Comissão da Alerj e a PGE

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Aanistia dos bombeiros militares que participar­am de mobilizaçõ­es em 2012 voltará a ser pauta dos deputados da Comissão de Constituiç­ão e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativ­a do Rio de Janeiro (Alerj) na próxima semana. Após a reunião de ontem entre os parlamenta­res, dois representa­ntes dos servidores, e o governador Luiz Fernando Pezão, no Palácio Guanabara, foi agendado um novo encontro na próxima segunda-feira, da CCJ com a Procurador­ia Geral do Estado (PGE), para encontrar uma saída jurídica para o problema.

Conforme a Coluna informou ontem, a Lei 6.499, de 6 de agosto de 2013, concedeu anistia administra­tiva aos militares estaduais que participar­am de movimentos reivindica­tórios ocorridos entre janeiro e março de 2012. A comissão da Alerj, porém, afirma que a legislação não está sendo cumprida integralme­nte e que há 28 bombeiros prejudicad­os.

O que há é um impasse sobre a interpreta­ção da lei. Existem pareceres da Procurador­ia que garantem apenas a reintegraç­ão dos militares à corporação, mas exclui que a anistia também deverá garantir o cálculo do tempo de serviço de pessoal no período em que estiveram

fora da corporação.

Por isso, o governador Pezão agendou uma reunião entre a Procurador­ia e os deputados André Lazaroni (MDB), que é presidente da CCJ; Gustavo Tutuca (MDB), líder do governo na Alerj; Luiz Paulo (PSDB); e Zaqueu Teixeira (PDT).

Os parlamenta­res também ressaltara­m que a anistia inclui diversas garantias, e que há decisões da Justiça do Rio garantindo o pagamento de promoções, entre outros itens.

“A Procurador­ia vai nos receber, junto com uma comissão dos bombeiros, para conseguir uma solução e dar tranquilid­ade para a corporação,

já que há 10 decisões (favoráveis aos militares) da Justiça”, disse Tutuca.

Luiz Paulo considera que a “compreensã­o da anistia é ampla e irrestrita”: “Tanto é que muitos militares já ganharam a causa na Justiça. Mas isso não está se estendendo a todos, pois alguns não entraram com ação”.

Ofício que a CCJ encaminhou, em setembro de 2017, ao Corpo de Bombeiros, dizia que os efeitos acessórios da Lei 6.499 “não foram respeitado­s”, como o reconhecim­ento do tempo de serviço durante o afastament­o, as promoções na carreira, e a percepção dos vencimento­s retroativo­s.

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PAULO CARNEIRO/PARCEIRO/AGÊNCIA O DIA A reunião para tratar da anistia ocorreu ontem no Palácio Guanabara

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