Trump elogia resultado de ataque e mundo espera posição da Rússia.
Trump comemora resultado do bombardeio à Síria e mundo fica à espera de reação de presidente russo
‘Missão cumprida!’, disse Trump, como sempre, pelo Twitter. Ele elogiou os bombardeios “perfeitamente executados” por forças americanas, francesas e britânicas contra a Síria na noite de sexta-feira, em represália ao alegado uso de armas químicas pelo regime do presidente Bashar Al Assad.
As explosões foram ouvidas pouco antes do amanhecer em Damasco, com bombardeios que se estenderam por 45 minutos.
“Não temos relatos de vítimas civis em qualquer dos alvos que atingimos”, disse o general americano Kenneth McKenzie, do Estado-Maior das Forças Armadas.
A grande interrogação agora é a reação da Rússia. O presidente Wladimir Putin deve fazer um pronunciamento à nação hoje. Ontem, diplomatas russos apresentaram à ONU um projeto de resolução que condenava os ataques como uma “violação do direito internacional e da carta da Organização”. O projeto foi apenas um gesto para comprovar uma tentativa de saída diplomática. A rejeição era certa e o placar foi 8 a 3.
Diante do Conselho de Segurança, a embaixadora dos Estados Unidos, Nikki Haley, afirmou que os ataques com uma centena de mísseis se justificavam pelo uso de armas químicas. Ela assegurou que Washington voltará ao ataque se achar necessário.
“Se o regime sírio usar seus gases venenosos novamente, os Estados Unidos estarão carregados e engatilhados”, advertiu. “Washington está “preparado para manter essa pressão, se o regime sírio for o suficientemente tolo para testar nossa determinação”.
A porta-voz da chancelaria
Se o regime sírio usar seus gases venenosos novamente, os Estados Unidos estarão carregados e engatilhados NIKKI HALEY, embaixadora dos EUA na ONU
russa, Maria Zajárova, foi mais moderada, classificando o ataque como “duro golpe contra a capital de um Estado soberano que tentou durante anos sobreviver em meio a uma agressão terrorista”.
Em Damasco, o presidente Assad afirmou que a “agressão” não faz mais do que “reforçar sua determinação de continuar lutando e derrotar o terrorismo”.
O regime sírio tem como aliados principais a Rússia e o Irã, que é uma potência regional. A oposição a Assad tem várias correntes, inclusive muitos jihadistas (guerrilheiros fundamentalistas), entre os quais o Estado Islâmico e um braço da Al Qaeda. Há ainda os curdos, um grupo étnico que luta por autonomia e tem apoio dos americanos no combate ao governo sírio.
A guerra civil na Síria já dura oito anos e causou mais de 400 mil mortes.