O Dia

OS MAIORES PROBLEMAS

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UPP NOVA BRASÍLIA

Ocupa o primeiro lugar no ranking do estudo da PM como a unidade que menos teve êxito de policiamen­to.

Ela Foi a primeira a instalar barricadas nas bases espalhadas pelo Complexo do Alemão, em 2015. Na mesma época, um bunker foi construído pela PM ao lado de uma pracinha. A construção não têm janelas, somente buracos por onde os agentes olhavam o exterior e utilizavam para apoiar os fuzis.

Em 2014, o então comandante da UPP, capitão Uanderson Manoel da Silva, 34, foi morto em um ataque de traficante­s.

No ano passado, a construção de uma torre no Largo do Samba foi classifica­da por especialis­tas como o fim definitivo da unidade. Isso porque, os tiroteios tornaram-se diários e policiais invadiram casas de moradores para utilizar como proteção.

Ontem, o Ministério Público ajuizou ação civil pública contra o Estado do Rio por violar o direito individual e coletivo de moradores do Complexo do Alemão que tiveram as casas invadidas.

UPP ROCINHA

É considerad­a pela PM como a 10ª UPP mais problemáti­ca. Com 700 policiais militares é a maior unidade instalada e possui efetivo maior do que alguns batalhões do estado do Rio.

Em 2012, foi palco do primeiro escândalo envolvendo policiais e moradores, quando o ajudante de pedreiro Amarildo de Souza foi morto. Dos 25 policiais da UPP denunciado­s, 15 foram condenados em primeira instância, incluindo o então comandante da UPP, major Edson Santos.

Em setembro do ano passado, a comunidade foi palco de guerra entre traficante­s rivais. Vídeos mostraram policiais encurralad­os nas bases espalhadas pela unidade e deixando a favela, em meio aos tiroteios.

UPP SÃO CARLOS

Identifica­da pela PM como a terceira no ranking das mais difíceis de patrulhame­nto, a unidade do São Carlos foi inaugurada em 2011. No mesmo ano, a UPP se viu envolta em corrupção: o então comandante da unidade, capitão Adjaldo Luiz Piedade Júnior, foi condenado a seis anos de prisão, em regime fechado, por associação ao tráfico. Investigaç­ões da Polícia Federal revelaram que o oficial recebia R$ 15 mil por semana do traficante Sandro Luís de Paula, o Peixe, para facilitar o comércio ilegal de drogas.

Mesmo com a unidade, a região é palco de tiroteios frequentes, principalm­ente entre traficante­s de fações rivais.

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