Reforço na segurança do Fundão só começa em junho.
Reitoria vai contratar policiais de folga a partir de junho para Cidade Universitária
Aaposta para a melhoria da segurança na Cidade Universitária da UFRJ, na Ilha do Fundão, começa na primeira quinzena de junho, com a implementação do Programa Estadual de Integração na Segurança (Proeis), financiado pela Petrobras. O campus deve ganhar quatro viaturas e oito policiais, 24h por dia.
Até a chegada do Proeis, o 17º BPM (Ilha do Governador) vai destacar cinco viaturas e mais uma unidade de policiais à paisana para o local. Até então, uma viatura fixa e uma móvel cobriam a área. “Em 2018 tivemos sete sequestros no campus. A UFRJ é alvo de situações de extrema violência e terror, que causam dor, angústia e preocupação à comunidade acadêmica” disse o reitor Roberto Leher.
Segundo o prefeito da Cidade Universitária, Paulo Mario Ripper, o pórtico de entrada na Ilha será equipado com duas câmeras para registro facial dos motoristas que entrarem no campus. A prefeitura vai pedir ao MEC recursos para instalar mais 32 câmeras para cobrir pontos cegos deixados pelos 288 equipamentos atuais. A verba também será para compra de quatro viaturas para a Divisão de Segurança, que faz segurança predial e patrimonial da UFRJ.
O prefeito vai se reunir com a CET-Rio e Guarda Municipal para modificar o trânsito do Fundão. “A Ilha tem três acessos e quatro saídas, queremos avaliar a possibilidade de fechar algumas das vias de entrada, para facilitar a segurança com viaturas nas demais”, declarou Paulo.
O reitor cobrou empenho nas investigações dos crimes. “Precisamos de respostas sobre os sequestros e os grupos criminosos”, destacou Leher. Em menos de uma semana, três casos de violência foram registrados
A UFRJ é alvo de situações de extrema violência e terror, que causam dor, angústia e preocupação à comunidade acadêmica ROBERTO LEHER, reitor
na Cidade Universitária, sendo dois sequestros e um roubo de carro.
Enquanto as autoridades da UFRJ se pronunciavam sobre as medidas de segurança, ontem, centenas de profissionais da Associação de Docentes da universidade protestavam em frente ao Centro de Ciências da Saúde. Discentes do Diretório Central dos Estudantes também participaram do ato. “Esperamos uma solução democrática. Setores da UFRJ, como o Hospital, atendem também quem não faz parte da comunidade acadêmica”, lembrou Glenda Amorim, estudante de Medicina e membro do DCE.
Os manifestantes também criticaram a administração, com cartaz escrito ‘- ideologia, + ação’ e ‘xô administração inapta’. “Poderiam ter agido antes, fazendo controle de acessos, cobrando a polícia. Temos colegas roubados e sequestrados, outros que cancelaram aulas pela insegurança”, criticou o professor Cláudio Lenz César, 53, do Instituto de Física.