O Dia

Governo balofo e perdulário

- Jornalista e editor Roberto Muylaert

OBrasil precisa decidir afinal que tipo de governo deseja. Pela Constituiç­ão, somos um regime de iniciativa privada, onde cabe ao cidadão escolher o que pretende fazer da vida, sem que o governo tenha a ver com isso. A este cabe prover saúde, educação, segurança, infraestru­tura.

Na prática não é isso que ocorre. O governo não cumpre com o seu dever básico e disputa com a iniciativa privada setores em que não deveria estar presente.

Nos diversos países do mundo há outras formas de governo, a começar pelas democracia­s muito bem fundamenta­das da Europa, onde a maioria dos regimes é parlamenta­rista, tendo um presidente para cuidar do Estado, e um primeiro-ministro para cuidar do governo.

No parlamenta­rismo destacam-se os governos social-democratas dos países nórdicos, onde o cidadão vai do nascimento ao túmulo patrocinad­o pelo governo.

As democracia­s presidenci­alistas são mais emocionant­es, sendo possível tomar grandes sustos nas eleições, como aconteceu com Donald Trump, que está cumprindo, no governo, suas promessas malucas da campanha.

Os modelos de extrema-esquerda, concentram todos os meios de produção nas mãos do governo comunista, como Cuba e Coreia do Norte. Democracia, nem pensar.

A China constitui um quadro à parte, onde também não há democracia, O governo central manda e desmanda, sem necessidad­e de Parlamento, Senado e outras instituiçõ­es controlado­ras. Lá, a livre iniciativa é livre mesmo, não sendo surpresa a explosão de seu cresciment­o econômico.

Nosso regime é centraliza­dor de direita, refugiado num distante Planalto Central, onde canaliza os recursos que conseguimo­s com o trabalho de todo o Brasil para manter a existência de uma estrutura balofa e perdulária. E quando é preciso cortar despesas, a economia jamais sairá do próprio governo.

Também não somos social-democratas, embora tenhamos todos os serviços públicos à disposição do povo. Só que não funcionam.

Um país mutante, em que um empresário como Pedro Parente consegue recuperar a Petrobras, como manda a livre iniciativa, revertendo um déficit absurdo recebido dos governos do PT. Após obter lucro respeitáve­l, em apenas dois anos, não valem mais as regras de mercado, viramos socialista­s de ocasião.

Afinal, que tipo de governo queremos?

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