O Dia

‘Bem pop, sem perder as raízes’

Marcos Catarina lança o CD ‘Leve’, pela primeira vez no Rio, e presta homenagem ao irmão, Vander Lee

- GABRIEL SOBREIRA gabriel.sobreira@odia.com.br

Arelação entre irmãos é algo muito forte, que ultrapassa os laços consanguín­eos. Agora imagina irmãos compositor­es e cantores, em que a vida toda tiveram a música como companheir­a. Hoje, a partir das 21h, no Beco das Garrafas, em Copacabana, Marcos Catarina lança o CD ‘Leve’, pela primeira vez no Rio, e aproveita para prestar uma homenagem ao irmão, Vander Lee, morto em 2016. “É indiscutív­el o carinho que recebo por ser irmão de um cara f... como Vander Lee. Mas a vida não é fácil, tenho que conquistar um a um com meu som, com minha energia, com meu trabalho. Naturalmen­te, as pessoas vão se aproximand­o, sentindo a minha onda, assim como ele, que construiu lenta e sólida carreira”, diz o artista mineiro, de 42 anos e 10 de carreira.

NOVO CD

O álbum ‘Leve’ (“é um disco que me agrada muito pela sonoridade bem pop, sem perder as raízes”, observa Marcos) inclui a música ‘Logo Ali’, composição inacabada de Vander Lee com Rae Medrado, e que foi finalizada por Catarina.

“’Logo Ali’ foi um presente para mim. Fico emocionado com a canção, que foi sendo produzida durante as inúmeras homenagens que fizemos ao Vander Lee, que traz um som orquestral maravilhos­o. Fico emocionado com todas as canções do meu repertório, são as canções que nos encontram, não o contrário”, afirma o musicista, cuja apresentaç­ão contará também com duas regravaçõe­s de Vander Lee: ‘O Dedo do Tempo no Barro da Vida’ e ‘Pra Ser Levado em Conta’.

“Foi muito importante regravar estas duas canções. Foi uma maneira que encontrei de homenagear meu irmão, que sempre foi um grande amigo e uma referência como pessoa. A música ‘Pra Ser Levada em Conta’ ele (Vander) fez para a filha dele. Eu quis gravar por isso e também por ser bem afetiva. E ‘O Dedo do Tempo’ foi a canção que mais me conectou a ele durante o luto”, lembra o cantor.

EXPANSÃO

Muito conhecido em Minas Gerais, Marcos Catarina não nega o desejo de expandir nacional e internacio­nalmente os domínios de sua música. Mas um passo de cada vez.

“Temos como projeto circular pelo sudeste até setembro e, a partir de então, nordeste e também sul do país”, explica. “Temos que planejar sempre e, às vezes, também deixar fluir, somos influencia­dos pela resposta do público. Que ajuda a apontar novos caminhos”, acrescenta.

O público que comparecer ao evento em Copacabana, segundo o artista, terá a oportunida­de de conferir um show de duas horas de “experiênci­a poética e sonora”.

“Estarei acompanhad­o por grandes músicos de Minas Gerais, com piano, baixo e bateria. É uma oportunida­de para conhecer as novas canções e celebrar sucessos do meu irmão e as pérolas de meus discos anteriores”, avisa ele, que já tem data para voltar ao Rio. “Dia 18 de agosto, minha banda e eu faremos um grande show no Parque das Ruínas, em Santa Teresa”, avisa o artista, animado.

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Marcos Catarina: 10 anos de carreira e novo álbum. À esq., o artista com o irmão, Vander Lee
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