Ação das Forças de Segurança na Rocinha e em mais três favelas prende 16 pessoas
Ação conjunta prende 16 na Zona Sul
Sob intenso tiroteio, militares do Exército e policiais civis, federais e militares entraram na Rocinha, na manhã de ontem, para cumprir mandados de prisão. Dezesseis pessoas foram presas, sendo oito em flagrante. O Comando Conjunto da Intervenção na Segurança do Rio também esteve no Vidigal, Chácara do Céu e Parque da Cidade.
Durante a ação, foram montados cercos e barricadas foram removidas. Entre os presos estava Ronaldo Azevedo Oliveira da Cunha, o RD. Ele era procurado desde 2012, acusado de assassinar o policial militar Diego Bruno Barbosa Henriques, no dia 13 de setembro daquele ano, na parte alta da Rocinha. O PM foi assassinado durante um patrulhamento de rotina a pé com um tiro no rosto. Sua morte ocorreu faltando uma semana para a inauguração da UPP Rocinha.
O interventor na Segurança Pública no estado, general Braga Netto, e o secretário de Segurança, Richard Nunes, estiveram na Rocinha. “O trabalho das Forças de Segurança hoje (ontem) foi excepcional. Deflagramos operações em quatro comunidades sem nenhum grande incidente e sem interrupção dos serviços de mobilidade urbana na região. Quando trabalhamos de forma integrada, a população é a grande beneficiada”, disse Nunes.
Apesar da afirmação do secretário, a Autoestada Lagoa-Barra foi interditada nos dois sentidos por quase duas horas, sendo liberada às 8h. Por volta das 10h, o trânsito era intenso no local.
REVISTAS NAS RUAS
Durante toda a operação, os militares do Exército realizaram revistas seletivas em pessoas e veículos. Em nota, o Comando Conjunto diz que a operação tinha como objetivo beneficiar, direta e indiretamente, mais de 120 mil moradores das quatro comunidades. O efetivo envolvido, de militares, além de policiais civis e PMs, que atuaram na operação não foi informado. No entanto, os 4,6 mil agentes que estão na Cidade de Deus desde a quinta-feira não foram deslocados.
Ainda de acordo com o Comando Conjunto, a Polícia Federal também atuou na operação de ontem cumprindo mandados judiciais ligados à sua natureza jurisdicional. A operação nas quatro comunidades terminou no final da tarde.