O Dia

AS MUITAS FACES DO AMOR

Em comemoraçã­o ao Dia dos Namorados, casais de diferentes idades revelam nuances distintas da vida a dois e mostram como conviver em harmonia

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Às vésperas do Dia dos Namorados, casais bem diferentes contam como vivem as dores e as delícias do amor. Yasmin e Guilherme, por exemplo, optaram por uma relação aberta, mas mantêm o romantismo.

Foi decisão conjunta e natural. Ciúme é falta de confiança. Família acha que é coisa de jovem LUIS NACINOVIC, estudante

Relação aberta é interessan­te mas não conseguiri­a. Sou ciumenta, não ia querer dividir FERNANDA BLAK, figurinist­a

Ao longo dos últimos anos, a relação entre os casais de namorados tem passado por profunda transforma­ção. Há muito mais liberdade e cumplicida­de entre eles, é fato. Ao mesmo tempo, o romantismo, o cavalheiri­smo e a fidelidade deixaram de ser pré-requisitos para o namoro. Tais conceitos, aliás, até têm sido deixados em segundo plano na atualidade. Para a psicanalis­ta e escritora Regina Navarro Lins, os namoros ainda têm algo em comum: “É uma relação estável, você tem uma pessoa com quem tem intimidade, divide suas questões existencia­is, pode ter um projeto de vida em comum, se conhecem bem, mas não está dentro de um modelo fixo. As pessoas estão se libertando, escolhendo a forma de viver, e isso é muito bom”. Para celebrar a data, que no Brasil é comemorada em 12 de junho (na terça-feira), O DIA procurou dois casais muito diferentes. Em comum, apenas a vontade de compartilh­ar mais uma comemoraçã­o de uma das datas mais apaixonada­s do ano.

YASMIN AMPARO, 22, E LUIS GUILHERME NACINOVIC, 22, tiveram um namoro tradiciona­l por três anos e, há três meses, decidiram ‘abrir’ a relação. Os dois são estudantes universitá­rios.

Eles se conheceram quando eram da mesma turma na faculdade, a Uerj, em 2014. Começaram a conversar e, no fim do ano, a namorar. “Em uma brincadeir­a no trote, dissemos que iríamos ficar. Pouco tempo depois, estávamos juntos”, conta Yasmin.

O namoro é aberto, eles podem se relacionar com outras pessoas. “Foi uma decisão conjunta e natural. Ciúme é falta de confiança”, garante Luis Guilherme, o Lugui.

A família sabe do status do casal, mas não entende bem o conceito. “Acham que é coisa de jovem”, resumeLugu­i.

O casal também se considera romântico, mas Lugui acredita que cavalheiri­smo é um conceito machista: “Existe respeito e carinho”.

No Dia dos Namorados, eles costumam ter encontros românticos. “Um passeio em Niterói, depois um jantar. O último foi à luz de velas. E as surpresas dão um tempero essencial”, completa o casal.

FERNANDA BLAK, 38, E ILAN BLAK, 39, estão juntos há 18 anos, entre namoro e casamento. Eles moram juntos e têm três filhos.

As profissões: ela é figurinist­a, ele é empresário.

Eles se conheceram em uma boate no Leblon, em 1998, e começaram a namorar dois anos depois.

O namoro é fechado, monogâmico, assim como o casamento. “Relação aberta é interessan­te mas não conseguiri­a. Sou ciumenta, não ia querer dividir!”, entrega Fernanda.

A família conhece a história do casal e os amigos casados têm relacionam­entos parecidos com o deles.

O romantismo eocavalhei­rismo são importante­s para os dois. “Mesmo depois de muito tempo, tem que ter, não pode deixar de existir!”, defende Fernanda.

No Dia dos Namorados, o casal pretende comemorar em família. Segundo Fernanda, a celebração mudou com o tempo. “Sempre fazíamos jantares em casa com casais de amigos. Os restaurant­es são muito lotados!”, brinca. Hoje, comemoram em cinco — jantam juntos o casal e os três filhos.

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MARCIO MERCANTE
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MARCIO MERCANTE ARQUIVO PESSOAL

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