Lançada em abril, nova versão do JAC T40 tem mais equipamentos e mostra bom desempenho
Chinês de motor e câmbio novos
Moldado exclusivamente para o público brasileiro, o JAC T40 aderiu à tendência do câmbio automático. Com transmissão do tipo CVT, o modelo continua explorando a boa quantidade de equipamentos e itens de segurança para atrair o público do segmento mais concorrido do país, o dos SUVs. Para continuar enfrentando a desconfiança do mercado nacional em relação aos chineses, o destaque vai para o novo motor 1.6, mais forte. Modelo custa a partir de R$ 70.990.
O motor 1.6 litro DVVT aspirado com duplo comando de válvula é a maior novidade do modelo, embora a versão também se destaque pelo câmbio automático. O quatro cilindros entrega 138 cv de potência e 17,1 kg de torque, que levam o carro de zero a 100 km/h em 11,1 segundos. A força garante ao propulsor de 16 válvulas a marca de melhor com essa litragem do país.
Não dá para poupar elogios. Durante os dez dias de teste com o DIA, o modelo não fez feio. Das ladeiras de Santa Teresa até estradas de terra na Zona Oeste, o motor mostrou bom rendimento. A distância em relação ao solo de 18 cm foi decisiva na hora de superar a buraqueira de alguns pisos. Isso tudo sem passar quase nenhum som para dentro da cabine, o que mostra que o bom trabalho de isolamento da versão manual foi mantido.
Contudo, apesar da força maior do propulsor, ainda se percebe, em situações de retomadas e ultrapassagens, aquela sensação de delay, quando você age e o carro só responde segundos depois. Mas a culpa é do câmbio CVT (Conversor de Torque Variável), que tem essa morosidade como característica mais negativa.
TROCA DE MARCHA
Para minimizar essa resposta atrasada de aceleração, há uma opção que simula a troca de marchas no câmbio. Assim, as mudanças trazem um pouco mais de diversão para a experiência ao volante. Nas reduções, o giro chega a subir, como se houvesse realmente uma marcha.
Foram mais de 300 km rodados, e o consumo médio foi ótimo para os 1.135 kg de peso total. De acordo com o computador de bordo, em trecho misto, o motor rendeu 12,8 km/l. Pesa positivamente nessa conta a instalação do sistema de start-stop. O mecanismo desliga o carro em paradas rápidas para reduzir o consumo de combustível.
No interior, praticamente nada mudou em relação à versão manual, também testada pelo DIA em dezembro do ano passado. Revestimentos, acabamentos, encaixes e central multimídia são de ótima qualidade. O que mudou foi o painel de instrumentos. Ele agora conta com um computador de bordo maior e com mais informações. Entre elas, pressão dos pneus e consumo parcial e instantâneo. O sistema também abandona aquele antigo pininho e adiciona um botão seletor na parte inferior do painel. Os conta-giros e velocímetro ficaram menores.