PM reconhece déficit, mas aponta mudanças com a intervenção
O porta-voz da Polícia Militar, major Ivan Blaz, reconheceu a falta de efetivo, mas disse que o comando da corporação desenvolve junto com o Gabinete de Intervenção medidas eficazes.
“Com o advento da intervenção, o comando da PM estabeleceu pilares para a recuperação do efetivo: o realinhamento das UPPs, com repasse de parte do efetivo para outros batalhões, por exemplo, a UPP Vila Kennedy que cedeu homens para o 14º BPM (Bangu) e UPP Providência. E a UPP Mangueirinha que teve seu efetivo rebatido para quatro batalhões da Baixada, unidades que estavam com demandas emergenciais de policiais”, afirmou.
Além desse remanejamento, Blaz citou outras medidas. “Fizemos a chamada dos concursados de 2014 e já estamos com 400 recrutas, a ideia é chegar até 1,2 mil. Outra etapa é o retorno de policiais cedidos; além do retorno do RAS diário que já coloca 1,2 mil policiais nas ruas e a reavaliação médica de policiais licenciados, através de mutirão”, completou.
Para o especialista José Antônio Bandeira, o baixo efetivo tem causa direta nos índices criminais. “A redução devido à aposentadoria, mortes, afastamento por licença-médica e falta de concursos causam um efeito direto na diminuição do poder de repressão policial e tem como consequência uma expansão da mancha de criminalidade, fazendo com que os índices de violência e crimes aumentem proporcionalmente”, comentou.