O Dia

Que não se mede

Neste Dia dos Pais, campeão olímpico de vôlei Lucão conta como o filho, Théo, mudou a sua vida

- Acarla@odia.com.br

Quando Théo nasceu, em junho de 2016, a seleção brasileira disputava a Liga Mundial e Lucão conseguiu acompanhar o nascimento do filho, mas em seguida teve que se reapresent­ar e continuar firme não só naquele torneio, conquistad­o pela Sérvia, mas de olho no ouro olímpico, que seria conquistad­o pelo Brasil dois meses depois, no Rio. Neste Dia dos Pais, o central de 2,08m conta como a chegada do herdeiro mudou completame­nte a sua vida e a de sua mulher, Beatriz, e se prepara para tentar levar para casa outra conquista: a do Mundial, que será disputado de 9 a 30 de setembro, na Itália e na Bulgária.

“Tudo muda. No começo, éramos só eu, a Bia e o nosso cachorrinh­o. Aí nasceu o Théo e foi o maior complement­o que poderia acontecer nas nossas vidas. Considero que existia uma vida antes e outra depois dele, já que as responsabi­lidades aumentam e tudo passa a ser focado nele dentro do nosso dia a dia. Eu sempre ouvi isso e agora entendo que é o maior sentimento que pode existir na vida e não tem como explicar. A partir desse momento, tudo passa a ser em prol dele, para que ele se sinta bem”, comenta Lucão.

O meio de rede lembra que foi muito difícil ficar distante do filho em seus primeiros dias de vida: “Eu vi o nascimento dele, viajei no outro dia, fiquei quase trinta dias fora, voltei, fiquei cinco dias em casa, e fui para o Rio de Janeiro para os Jogos Olímpicos. Então, em mais ou menos dois meses, eu vi o Théo por cinco ou seis dias. Acompanhav­a por câmera o máximo de tempo que dava, falava com a minha esposa o tempo todo e ela ia me contando o que ia acontecend­o”.

Após conquistar o ouro olímpico, Lucão postou uma foto com a medalha no berço de Théo: “Nesse momento, que é tão difícil, de adaptação para toda a família, eu não estive junto. Com certeza é um momento que vai fazer falta na minha vida, queria muito estar presente, mas, graças a Deus, valeu o sacrifício, conseguimo­s a medalha de ouro em 2016 e com certeza, lá na frente, ele vai se orgulhar muito desse feito”.

Na hora de educar, Lucão admite que é mais rigoroso do que Bia. “Eu sou um pouco mais bravo, mas ao mesmo tempo sou o que dá risada na hora que ele faz o que não pode. A Bia não consegue ficar muito brava. Quando ele está chorando de manha, ela logo pega no colo. Eu aguento um pouco mais nessas horas. Claro que quando ele está doente, ou algo do tipo, não existe esse lado, mas, na hora da manha, ela cede mais do que eu. Eu sou, sim, um pouco mais rígido”, diz.

A rotina do casal mudou tanto que Lucão admite que a chegada do filho também o influencio­u para definir seu futuro como jogador. “Com certeza. Tudo que eu faço depois que o Théo nasceu é pensando no bem dele. Descobrimo­s a gravidez da Bia quando eu estava na Itália e eu quis voltar para o Brasil. Ainda tinha dois anos de contrato, mas vim para ficar mais perto deles. Até hoje tudo é voltado para o lado dele. Claro que tenho que pensar no meu futuro, estar em estrutura bacana, me sentido como atleta, mas ele vem primeiro e o restante nós vamos encaixando”, completa.

Lucão se prepara para tentar conquistar outro título pela Seleção: o do Mundial, em setembro, na Itália e na Bulgária

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Lucão (E) ao lado de Lipe, na Seleção. Abaixo, fotos nas redes sociais do central com o filho, Théo, e a mulher, Bia
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