EMPODERAMENTO
Há uma palavra que está na moda: empoderamento. No Rio, um grupo com representantes de 24 empresas se uniu para associar o termo à capacitação tecnológica de jovens moradores de 14 complexos de favelas do estado. O grupo formalizou intenções em torno da Coalizão Rio Digital, que pretende formar 8 mil alunos entre 15 e 29 anos, com foco no empreendedorismo e na inovação digital até o fim do ano. Capacitado, esse contingente pode promover ações locais que provoquem impactos positivos nas comunidades, numa ação de empoderamento digital.
Depois de um mapeamento de organizações sociais, os representantes da coalizão se reuniram com líderes comunitários para ouvir demandas e propor parceria para a realização das aulas gratuitas. No encontro, o grupo definiu as diretrizes de dois cursos: Introdução ao Mundo Digital e Gestão de Projetos e Aplicativos para Smartphone. A capacitação tem um total de 100 horas de duração.
Para Rodrigo Baggio, fundador da ONG Recode, o objetivo é dar instrumentos aos jovens para que eles possam solucionar, por meio da tecnologia, problemas dos locais em que moram ou da escola em que estudam. Com a capacitação, eles vão poder colocar ideias em prática e se tornar agentes de transformação social. Os cursos Representantes de empresas de tecnologia se reúnem com líderes comunitários para fomentar cursos de qualificação profissional em áreas carentes do estado terão certificado, o que vai contribuir para o currículo desses jovens. “Como ‘tec ativistas’, entendemos que as empresas de tecnologia devem fazer sua parte para melhorar a situação do Rio”, argumenta.
MAIS COMPUTADORES
O grupo da coalização busca, no momento, mais organizações que possam ser parceiras na implantação dos cursos nas comunidades. “Queremos que aquelas que tentam realizar algum trabalho de inclusão digital nas comunidades nos procurem, pois podemos fortalecê-las”, explica Rodrigo Baggio.
Na reunião com as organizações que já foram mapeadas, ele conta que os principais pedidos foram por computadores e instrutores qualificados. Para suprir essa demanda, profissionais serão recrutados nas empresas participantes da coalização, que farão doações dos equipamentos necessários. Para doar, basta acessar o site e preencher formulário para contactar a iniciativa.
A proposta pretende criar um banco de currículos para contratações nas empresas da capital fluminense.
Entendemos que as empresas de tecnologia devem fazer sua parte para gerar impactos positivos RODRIGO, da ONG Recode