Ausência do deputado em debates é ‘estratégia’
> O candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) admitiu ontem que pode não participar de debates com o opositor Fernando Haddad, do PT, por questão estratégica e não por motivos de saúde. “Existe a possibilidade sim estratégica (de não ir a debate)”, afirmou em coletiva de imprensa, ontem.
Até dia 18, as recomendações médicas são de que o candidato não participe de atos públicos nem debates. Segundo os médicos, ele ainda tem anemia em razão do atentado sofrido no dia 6 de setembro.
Bolsonaro se reuniu com integrantes da bancada do PSL, em um hotel na Barra e, em seguida concedeu entrevista coletiva. “Pessoal da imprensa, por que não dizer ‘amigos’? Queremos que vocês realmente sejam independentes e tenham responsabilidade em tudo aquilo que escrevem”, disse o candidato.
Uma repórter da Folha de S. Paulo, no entanto, foi vaiada e hostilizada por apoiadores do candidato que cercaram a imprensa. Foi preciso que o presidente do PSL, Gustavo Bebianno, pedisse respeito para permitir que a repórter fizesse sua pergunta.
Em entrevista à Rádio Jovem Pan, também ontem, ele pediu a seus eleitores que não falem com jornalistas. “Tomem muito cuidado com a mídia. Ela arranja uma maneira, quer uma escorregada, uma frase, para me atacar. Recomendo nem falar”, disse.
O candidato do PSL confirmou os nomes de Onyx Lorenzoni, do DEM, para Casa Civil, do general Augusto Heleno para a Defesa e o do economista Paulo Guedes para a Economia, caso seja eleito no próximo dia 28. Hoje, recomeça a campanha na TV.
DIREITA FRANCESA REJEITA
A líder da extrema direita na França, Marine Le Pen, criticou ontem Bolsonaro, em entrevista à TV por dizer coisas “extremamente desagradáveis”.
“Não podem ser transferidas para nosso país, é uma cultura diferente”, disse Le Pen, sobre declarações de Bolsonaro sobre homossexuais e mulheres.