O Dia

PF indicia Temer e a filha

Acusação inclui corrupção no caso dos Portos

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Relatório final do Inquérito dos Portos foi entregue ao ministro Luís Roberto Barroso, que é relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF).

A Polícia Federal indiciou o presidente Michel Temer, sua filha Maristela, o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (MDB-PR), o coronel reformado da Polícia Militar João Baptista Lima Filho e outras sete pessoas no âmbito do inquérito dos Portos. A PF também pediu o bloqueio de bens de todos os indiciados, incluindo Temer, e a prisão preventiva de quatro deles: coronel Lima e sua mulher, além de Carlos Alberto Costa e Almir Martins Ferreira, que atuaram, respectiva­mente, como sócio e contador do coronel.

O caso apura se houve favorecime­nto a empresas do setor portuário na edição de um decreto de 2017. Ao todo, 11 pessoas foram indiciadas pela PF, que entregou ontem a conclusão das investigaç­ões ao gabinete do ministro Luís Roberto Barroso, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF).

O ministro vai aguardar um parecer da Procurador­ia-Geral da República (PGR) para decidir sobre esses pedidos.

O relatório da PF aponta a ocorrência dos crimes de corrupção passiva e ativa, lavagem de dinheiro e organizaçã­o criminosa.

O ministro destaca que a PF afirmou ter produzido provas de “naturezas diversas” que “incluíram colaboraçõ­es premiadas, depoimento­s, informaçõe­s bancárias, fiscais, telemática­s e extratos de telefone, laudos periciais, informaçõe­s e pronunciam­entos do Tribunal de Contas da União” sobre as irregulari­dades no decreto dos Portos.

A PF, diz Barroso, teria apurado fatos “envolvendo propinas em espécie, propinas dissimulad­as em doações eleitorais, pagamentos de despesas pessoais, atuação de empresas de fachada e contratos fictícios de prestação de serviços. A defesa de Temer informou que não teve acesso ao caso.

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