Cinco mil soldados contra migrantes
Caravana se aproxima dos EUA e Trump envia efetivo alto para não permitir que centro-americanos passem pela fronteira
OPentágono pretende enviar mais de 5 mil soldados à fronteira entre o México e os Estados Unidos, disse ontem à AFP um general americano. O presidente Donald Trump advertiu a caravana de migrantes centro-americanos que os militares os estão “esperando”. A mobilização representa um aumento considerável com relação à projetada na semana passada, que envolvia 800 militares.
Ontem, Trump voltou a investir contra a caravana de migrantes, que partiu em 13 de outubro de Honduras, composta por 7 mil pessoas, segundo a ONU, e que atualmente avança pelo estado de Oaxaca, no sul do México. Em plena campanha para as eleições de meio de mandato de 6 de novembro, Trump disse. “Por favor, retornem, não serão admitidos nos Estados Unidos a menos que passem pelo processo legal. Isto é uma invasão do nosso país e nossos militares os estão esperando!”, acrescentou.
“Não vamos permitir que um grupo grande de pessoas entre nos Estados Unidos de uma forma perigosa e ilegal”, disse Kevin McAleenan, comissário do Departamento de Alfândega e Proteção Fronteiriça dos Estados Unidos (CBP).
DISTÚRBIOS NO MÉXICO
No México, as autoridades blindaram ontem a fronteira com a Guatemala para conter a passagem de milhares de hondurenhos que tentam chegar aos Estados Unidos.
O México mobilizou a tropa de choque na fronteira, deslocou lanchas da Marinha no fronteiriço rio Suchiate e instalou arame farpado nos portões metálicos na ponte sobre o curso d’água para dissuadir os hondurenhos a continuarem a perigosa travessia a pé.
No domingo, um hondurenho morreu com o impacto de um projétil de borracha, disparado por policiais mexicanos que tentaram conter mais de mil migrantes, disseram migrantes testemunhas no local.
Os distúrbios ocorreram na ponte fronteiriça entre Guatemala e México, quando um grupo de migrantes exigia das autoridades mexicanas que abrissem o portão para seguir aos Estados Unidos.