China alerta Bolsonaro
Maior parceiro comercial do Brasil avisa sobre os perigos de ruptura com Pequim
Ogoverno chinês alertou Jair Bolsonaro (PSL) sobre possível impacto negativo na economia brasileira caso o presidente eleito se alinhe a Washington e rompa acordos com Pequim. A advertência foi feita em editoral do jornal China Daily. Hoje, o embaixador dos EUA no Brasil, P. Michael McKinley, se reunirá com Bolsonaro no Rio de Janeiro.
Os chineses disseram que a escolha de Bolsonaro por uma “política externa sem viés ideológico”, como o próprio líder do PSL prometeu em campanha, pode “ser dura para a economia brasileira, que acaba de sair de sua pior recessão da história”, diz o editorial.
Logo após a decretação da vitória de Bolsonaro sobre Fernando Haddad (PT), na noite de domingo, o presidente dos EUA, Donald Trump, telefonou para o capitão reformado a fim de parabenizá-lo pelo resultado. Assim como Bolsonaro propõe, Trump estremeceu as relações com os chineses e intensificou a guerra comercial entre os países.
“Esperamos que quando ele (Bolsonaro) assumir, a liderança da nona maior economia do mundo olhe de forma racional e objetiva para o estado das relações BrasilChina. Ele se daria conta que a China é seu maior mercado exportador e primeira fonte de superávit comercial. Mais importante: as duas economias são complementares e dificilmente competidoras”, conclui o editorial
Em 2017, o volume de exportações brasileiras com a China alcançou a cifra de US$ 50 bilhões, enquanto as importações do país asiático ficaram em US$ 28 bilhões. A balança comercial entre os países gerou superávit de cerca de US$ 32 bilhões ao Brasil.