Rede de prostituição tinha trans brasileiros
A polícia espanhola anunciou o resgate de 15 jovens transexuais brasileiros obrigados a se prostituir numa rede de tráfico sexual que se apropriava de “crenças muito profundas entre as vítimas brasileiras”, segundo os agentes, para coagi-los. No Município de Múrcia, por exemplo, a polícia apreendeu objetos relacionados a magia negra e santeria, além de 13 supostos membros da rede, ainda não identificados.
“O grupo criminoso era liderado por uma pessoa de nacionalidade brasileira que, da Espanha, ajudada por alguns colaboradores, capturava no Brasil jovens em situação econômica precária”, afirmou a polícia espanhola.
Em seguida, as vítimas eram levadas para a Espanha sob o álibi de que ganhariam a vida no país europeu. Por fim, eram obrigadas a se prostituir para pagar as despesas do grupo criminoso com suas respectivas estadias.
Ainda de acordo com as autoridade locais, os criminosos obrigavam os brasileiros a consumir e vender drogas e “às vezes os prendiam nos quartos impedindo-os de sair e os submetiam a contínuas ameaças graves e até mesmo a agressões físicas”.
A investigação começou quando uma das vítimas fez uma denúncia em uma delegacia de polícia em Múrcia, próxima ao apartamento onde ficava confinada.
Os 13 presos têm entre 19 e 60 anos e são de nacionalidade brasileira, colombiana, peruana, romena e espanhola. Quatro foram presos e os demais foram libertados sob fiança, enquanto a investigação continua.