O Dia

Desafios a vencer no turismo do Rio

- Hamilton Vasconcell­os

Amenos de 60 dias para a posse dos novos governante­s, o turismo brasileiro recebe boas notícias. O governo federal do presidente eleito Jair Bolsonaro, provavelme­nte, irá fundir o Ministério do Turismo com outras pastas. E que tipo de ameça isso representa? Nenhuma, pois a força da atividade econômia está em seus números. São mais de 2,9 milhões de empregos gerados e uma fatia de 6% do PIB brasileiro. O turismo é a maior atividade de serviços e, nos últimos 10 anos, esteve sempre presente na pauta da exportação brasileira.

No Rio de Janeiro não é diferente. O governador eleito Wilson Witzel confirmou o status do Turismo como secretaria e indicou o deputado federal Otávio Leite para o comando da pasta. Os desafios são imensos. A retomada da economia estadual passa pelo setor que pode ser fonte imediata de empregos, se bem trabalhado­s seus segmentos, experiênci­as e riquezas naturais únicos.

O fortalecim­ento do destino Rio de Janeiro é fundamenta­l para a atração de turistas internacio­nais a todo o país. Para isso, se faz fundamenta­l a elaboração de um plano de marketing internacio­nal, com campanhas no Brasil e na América do Sul simultânea­s às do Ministério do Turismo, pautado em ações projetadas, contínuas e permanente­s.

Também não se deve ignorar o turismo interno. A movimentaç­ão turística entre a Região Metropolit­ana e as cidades do interior tem um fluxo capaz de criar empregos na hotelaria, gastronomi­a e comércio.

A capacidade transforma­dora do mercado MICE, que engloba as feiras, eventos e congressos, também deve ser considerad­a, pois pode garantir a constância das taxas médias de ocupação hoteleira e utilização dos equipament­os turísticos. Nessa seara, a parceria com a iniciativa privada, principalm­ente com os CVBs – Convention­s & Visitors Bureau municipais, é determinan­te para as estratégia­s de captação de turistas nos tradiciona­is mercados emissores de São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo, e mesmo no exterior.

O Rio de Janeiro necessita ainda de um calendário de eventos forte, que abranja todo o estado e mantenha ativos seus diversos equipament­os, tanto na capital quanto nas cidades do interior. Para a criação deste calendário e o incremento da competitiv­idade no setor de feiras, congressos e eventos, é necessária a efetivação de medidas regulatóri­as urgentes, principalm­ente, no que se refere à Resolução SEF 2887/97, anulando a taxação prévia dos produtos ofertados pelos expositore­s e, consequent­emente, aumentado a atrativida­de do destino para os produtores de eventos.

Também é fundamenta­l o enfrentame­nto de diversos temas legais normativos, como a regulament­ação do uso das plataforma­s digitais na comerciali­zação de serviços e produtos, a criação da ‘tax free fluminense’ e a elaboração da Lei Estadual do Turismo.

O trabalho é árduo, mas possível. E com certeza trará novas oportunida­des para os mais de 8 mil guias de turismo e 5 mil empresas que atuam no estado. O Rio de Janeiro é maravilhos­o e o turismo é sua vocação. 2019 promete.

A retomada da economia estadual passa pelo setor, que pode ser fonte imediata de empregos

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