O Dia

ABATE DO RURALISTA

- LEANDRO MAZZINI

■ O presidente Jair Bolsonaro (PSL) decidiu antecipar o anúncio da deputada federal Tereza Cristina (DEM-MS) para o comando do Ministério da Agricultur­a para estancar a crise que preocupava a equipe de transição. Nos bastidores, o presidente da União Democrátic­a Ruralista (UDR), Luiz Antônio Nabhan Garcia, passou a minar nomes que contavam com a simpatia do futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS). Entre eles, os de Tereza Cristina, do deputado Jerônimo Goergen (PP-RS) e outros da bancada ruralista. A estratégia de Nabhan era desgastar concorrent­es e pavimentar seu nome para a chefia da pasta.

Lobby

■ Como esperado, Bolsonaro seguiu a indicação da ala de Lorenzoni. Antes da escolha de Tereza Cristina, Nabhan chegou a convocar amigos que comandam entidades do agro para apoiá -lo publicamen­te. Foi prontament­e atendido e contou, em vão, com o lobby de 273 associaçõe­s do campo que integram o Movimento Abril Verde e Amarelo.

Pavão

■ No auge da guerra com o futuro ministro-chefe da Casa Civil, Nabhan disparou duras críticas em grupos de WhatsApp: “Já vi muito pavão virar espanador”, escreveu o ruralista, além de chamar Onyx de prepotente e desprepara­do.

Bloconarua

■ O deputado Carlos Sampaio (SP) já botou o bloco na rua para tentar se eleger o novo líder do PSDB na Câmara. Organizou um almoço na quarta-feira, 7, em Brasília, onde reuniu Doria,

Açodamento 2

■ À época, Eunício recusou-se, inclusive, a discutir as propostas nas sessões do esforço concentrad­o do Senado durante as eleições. “Isso (inclusão dos projetos na pauta) não foi discutido com nenhum líder”, queixou-se pelos corredores da senadora Gleisi Hoffmann (PT).

Sistema S

■ O tempo anda fechado para os lados do Sistema S. Dias atrás, o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, reafirmou que entidades como Sebrae, Sesi, Sesc e Senai serão profundame­nte reformulad­as. Na quarta, 7, foi a vez de a Comissão de Fiscalizaç­ão Senado aprovar requerimen­to para que o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, apure junto ao Banco Central e ao Coaf se os dirigentes da CNI, da CNT, da CNA e da CNT têm contas bancárias no exterior, declaradas ou não.

Saque$

■ O requerimen­to é do

Aécio e deputados federais.

Presidente-propaganda

■ Depois do posto Ipiranga, agora o Leite Moça. Bolsonaro colocou em evidência sua receita pão francês recheado com leite condensado. O que virá mais nas palavras e atos do presidente-propaganda?

Quórum

■ Com 10 deputados presos, a Assembleia Legislativ­a do Rio de Janeiro (Alerj) terá dificuldad­es em fechar quórum para cumprir a agenda de votações definida na terçafeira, 6, dois dias antes da Operação Furna da Onça.

Calamidade

■ Um das prioridade­s da pauta da “propinolân­dia” – como definiu o procurador Carlos Aguiar – é a votação do projeto que prevê a prorrogaçã­o da situação de calamidade pública financeira do Estado, mantida, por enquanto, para o dia 4 de dezembro.

tucano Ataídes Oliveira, que também quer saber se entidades fizeram saques superiores a R$ 50 mil, em dinheiro, entre 2014 e 2018. “Já passou da hora de se abrir a caixa-preta dos recursos bilionário­s recebidos por essas entidades”, diz o senador.

De mau gosto

■ Presidente da CPI da Previdênci­a, o senador Paulo Paim (PT-RS) taxa como “piada de mau gosto” a intenção do governo Temer e do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) de votar a Reforma da Previdênci­a este ano.

Sonegação

■ O petista lembra que a CPI revelou que correções na gestão do sistema, combate à sonegação e cobrança dos devedores poderiam resolver os problemas no setor: “Eu discordo da forma, porque falam que vai ser o regime de capitaliza­ção. Vão privatizar a Previdênci­a?”.

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