MERGULHANDO NAS ÁGUAS DE DEODORO
Com funcionamento ampliado, lago do Parque de Deodoro bate recorde de público no fim de semana
Depois de muitos meses, este foi o primeiro domingo em que o piscinão do Parque Radical do bairro foi aberto para uso dos moradores. Resultado: grande movimento para aplacar o calor.
Depois de mais de um ano funcionando só aos domingos, finalmente o piscinão do Parque Radical de Deodoro, complexo construído para os Jogos Olímpicos de 2016 e com custo em obras de R$ 720 milhões, vai passar a abrir também durante a semana e aos sábados, para dar um refresco aos moradores da Zona Oeste no verão. O novo esquema de funcionamento começou no último sábado, após o apelo da população para que o espaço de lazer fosse melhor aproveitado. Houve recorde de público neste fim de semana, com 4.098 visitantes.
A entrada, que continua gratuita, agora será liberada de quarta-feira a domingo, das 9h às 16h, pelo menos até março. “A previsão é essa. Se o calor persistir, vamos ao prefeito e à Secretaria de Fazenda. Aqui é um equipamento olímpico e quando falamos de legado olímpico, é para o povo, mas tem que ter utilização olímpica também. Em 2018 tivemos duas competições internacionais aqui. Então, estamos conseguindo conciliar tanto alto rendimento quanto lazer”, disse Patricia Amorim, subsecretária do Legado Olímpico.
Patricia contou ainda que a verba mensal para a manutenção do parque era de R$ 351 mil por mês, valor dobrado pela prefeitura até o fim da estação. “São 500 metros quadrados e 31 milhões de litros de água. Além da piscina, tem a manutenção do gramado, guarda-vidas, segurança’, explicou a subsecretária.
ÁGUA FRESCA, SEM SOMBRA
Com o forte calor que fez sábado e domingo, 4.098 pessoas estiveram na área de lazer. Foi o caso da apo- sentada Maria da Penha Madeira da Silva, 66 anos, moradora de Marechal Hermes, que levou o marido e as amigas para conhecerem o lugar ontem. “É ótimo, perto de casa e dá para olhar melhor as crianças, mais seguro que na praia. É a primeira vez que viemos e semana que vem estaremos aqui de novo”, contou Maria da Penha. “É uma opção de lazer e nos jogamos!”, completou a aposentada, que foi de carro e levou cerveja, comida e sanduíches.
Judite Batista, 52 anos, foi com a neta de 11. A corretora, que chegou ao parque vindo de ônibus de Anchieta, aprovou a iniciativa da maior utilização do espaço, mas sugeriu melhorias. “Sinto falta de árvores, principalmente para as crianças. Elas podem até ter uma desidratação, está muito quente”, desabafou. “Nós levamos guardasol, mas a distância para o portão é grande, meu filho já se queimou muito aqui e foi parar no hospital. Também fica muito cheio na piscina, então é bom ficar de olho nas crianças. De qualquer forma, é uma ótima opção porque no subúrbio não temos nenhuma opção de lazer”.