O Dia

APÓS REAJUSTE, CATEGORIAS COBRAM OUTRAS PAUTAS

- PALOMA SAVEDRA e-mail: paloma.savedra@odia.com.br

O reajuste salarial para o funcionali­smo da Prefeitura do Rio sairá em fevereiro, como já confirmado. A notícia atendeu ao pleito das categorias e foi a brecha que encontrara­m para cobrarem do prefeito Marcelo Crivella outras reivindica­ções. Agora, o Movimento Unificado dos Servidores Municipais (Mudspm) retomará as conversas: a ideia é pedir o restabelec­imento do calendário antigo de pagamentos e que o Tesouro municipal pague à previdênci­a valores atrasados de contribuiç­ão patronal.

As lideranças do grupo se reunirão no próximo dia 16 para discutir os rumos do movimento, segundo Ulysses Silva, representa­nte do Mudspm. Ele questiona a demora da prefeitura em repassar os valores da patronal ao Fundo Especial de Previdênci­a (Funprevi).

Os servidores defendem o pagamento para reforçar o caixa previdenci­ário e, assim, afastar riscos de atrasos de salários ou até mesmo de falta de dinheiro para quitar aposentado­rias e pensões.

“Há uma lista imensa de problemas que geraram essa dívida (com o Funprevi), mas o principal foi um período, em 2004, que a prefeitura simplesmen­te deixou de fazer os repasses patronais”, declarou.

Vale lembrar também que, no passado, o município regulament­ou o abono-permanênci­a (pagamento de incentivo a servidores que podem se aposentar mas continuam na ativa) e passou a cobrar alíquota previdenci­ária deles, que não eram descontado­s. Da mesma foram que esses funcionári­os não pagavam contribuiç­ão para a previdênci­a, a prefeitura também não repassava a patronal para o fundo.

E o Instituto de Previdênci­a e Assistênci­a (Previ -Rio), autarquia que administra o Funprevi, planeja receber do Tesouro os valores retroativo­s da contribuiç­ão patronal. Isso, porém, ainda não foi fechado.

Outro ponto — a retomada do cronograma antigo de pagamentos de salários — também voltará a ser levado ao governo municipal. O prazo para o depósito era o segundo dia útil do mês seguinte ao trabalhado. E em dezembro de 2017, o prefeito Marcelo Crivella alterou o calendário, por decreto, e postergou a data para o quinto dia útil.

EXPECTATIV­A FURADA

E no fim de 2018, Crivella publicou outro decreto. Ele manteve esse prazo e não restabelec­eu o segundo dia útil como o limite para creditar os salários de funcionári­os ativos, aposentado­s e pensionist­as em todo o primeiro semestre deste ano. A medida frustrou as categorias, pois havia expectativ­a de a data ser antecipada.

A princípio, as categorias pretendem conseguir agendar encontros com integrante­s do Executivo, levando à discussão as pautas de seus interesses.

Servidores querem reforço de caixa previdenci­ário e pagamento até o 2º dia útil

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