O Dia

Câmara garante benefícios para policiais e professore­s

Deputados também reduzem tempo de contribuiç­ão para que homens possam se aposentar. Veja todas as mudanças.

- MARTHA IMENES martha.imenes@odia.com.br

Com o fim da votação de destaques em primeiro turno da Reformada Previdênci­a ontem, houve mudanças no texto-base da PEC 6 para aposentado­ria de professore­s, na idade mínima de policiais federais e no tempo mínimo de contribuiç­ão para homens (de 20 anos para 15 anos) terem direito à concessão do benefício do INSS. A expectativ­a agora é de que o segundo turno ocorra a partir de 6 de agosto, após o recesso parlamenta­r, que começa no próximo dia 18.

Com um dos destaques aprovados, a idade mínima para que professore­s em atividade consigam se enquadrar em uma das regras de transição na reforma ficou três anos menor do que as regras gerais. Com isso, as professora­s vão precisar ter ao menos 52 anos de idade, e os professore­s, 55 anos para entrar na transição que prevê um pedágio de 100%.

Essa regra determina que os docentes (homens e mulheres) devem pagar pedágio de 100% sobre o tempo de contribuiç­ão que faltar para aposentado­ria quando a PEC 6 entrar em vigor. Se forem dois anos, por exemplo, o professor (a) terá que cumprir mais quatro anos.

O texto principal, aprovado em plenário, determinav­a que apenas o profission­al que tem pelo menos 55 anos de idade (mulheres) e 58 anos (homens) garantiria direito a essa transição. Hoje, professore­s de escolas particular­es não têm idade mínima para aposentar,

mas precisam contribuir por 25 anos (mulheres) ou 30 anos (homens). Os do setor público federal precisam cumprir idade mínima de 50 anos (mulheres) e 55 anos (homens), sendo dez anos de serviço público e cinco no cargo. A mudança proposta pelo PDT, foi aprovada por 465 votos a 25.

FORA DA TRANSIÇÃO

Para professore­s que não se enquadram na transição, as regras são mais duras. A idade mínima para aposentar será de 60 anos (homens) e de 57 (mulheres), com 25 anos de contribuiç­ão para todos. Professore­s federais também precisam ter dez anos de serviço público e cinco no cargo. As regras valem para docentes da rede privada. Servidores de estados e municípios ficaram de fora da reforma.

Após a votação dos destaques em primeiro turno, a reforma voltará à Comissão Especial e, em seguida, será devolvida ao plenário da Câmara para votação do segundo turno. O governo precisará de pelo menos 308 votos para aprovar a proposta novamente em plenário da Casa. Na votação em primeiro turno, o texto-base passou por 379 votos contra 131. Em seguida, a PEC vai para o Senado, que também analisará as propostas em duas votações, com o mínimo de 49 votos, de um total de 81 para ser aprovada.

Na madrugada de ontem em edição extra do Diário Oficial, o governo liberou mais R$ 154 milhões para projetos na área da saúde via emendas parlamenta­res. Vale lembrar que na quinta-feira foram quase R$ 440 milhões.

 ?? LUIS MACEDO/CÂMARA DOS DEPUTADOS ?? Deputados de oposição fizeram manifestaç­ão no plenário da Câmara em favor dos professore­s
LUIS MACEDO/CÂMARA DOS DEPUTADOS Deputados de oposição fizeram manifestaç­ão no plenário da Câmara em favor dos professore­s
 ?? MICHEL JESUS/ CÂMARA DOS DEPUTADOS ?? Plenário da Câmara dos Deputados na tarde de sexta-feira: negociação para aprovar a reforma
MICHEL JESUS/ CÂMARA DOS DEPUTADOS Plenário da Câmara dos Deputados na tarde de sexta-feira: negociação para aprovar a reforma

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil