Dois seguranças da SuperVia e um PM envolvidos em agressão a jovens já estão presos
Vítimas foram agredidas na estação Maracanã, no domingo. Um outro policial militar é considerado foragido
APolícia Civil prendeu ontem dois seguranças que trabalhavam na SuperVia e que foram demitidos da empresa após serem acusados de abuso contra dois jovens na estação Maracanã, na Zona Norte, no último domingo. A Justiça determinou também a prisão temporária, por 30 dias, dos dois PMs envolvidos no caso.
Wagner Castro da Silva, lotado na UPP Fazendinha, no Complexo do Alemão, se apresentou ontem na 18ª DP (Praça da Bandeira), onde
prestou depoimento. Ele ficará preso no Batalhão Especial Prisional (BP). Já o soldado Lenine Venute da Silva Júnior, lotado no Batalhão do Choque, já é considerado procurado pela polícia.
Os mandados de prisão temporária foram expedidos ontem pela juíza Maria Izabel Pena Pieranti, da 35ª Vara Criminal da Capital. Os agentes que trabalhavam na SuperVia foram identificados como Rafael Souza Marcolino e Carlos Renato da Silva Alamino.
RECONHECIMENTO
Os dois jovens — um de 17 anos e outro de 18 — reconheceram, na última quarta-feira, os PMs como autores da agressão. O reconhecimento foi feito por meio de um álbum de fotografias da Corregedoria da Polícia Militar. Também no mesmo dia, a SuperVia identificou e demitiu os dois seguranças que teriam participado dos abusos.
A assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar informa que a 3ª Delegacia de Polícia Militar Judiciária (DPJM) informou que um processo administrativo disciplinar será aberto para avaliar a conduta dos dois policiais.
INDENIZAÇÕES
A Defensoria Pública do Estado do Rio realizou ontem uma reunião com representantes da SuperVia para tentar um acordo extrajudicial para indenizar, por danos morais, os dois jovens. Além da indenização da concessionária, o órgão, que também tem prestado assessoria jurídica aos adolescentes, vai entrar com pedido de indenização, por dano emocional, do Estado do Rio.