Por recomendação de dentista, Bolsonaro deve evitar falar durante três dias. Assunto repercute na web
Silêncio forçado por dente extraído
Aextração de um dente pode motivar o silêncio forçado por três dias de Jair Bolsonaro. Depois de fazer o procedimento no departamento médico do Planalto, ontem à tarde, o presidente recebeu a recomendação do dentista de repousar durante o fim de semana. Em seguida, seguiu para o Palácio da Alvorada, onde ainda parou para tirar fotos com apoiadores. Bolsonaro também recebeu a recomendação de adotar cuidados com a alimentação por 24 horas, repousar e fazer apenas atividades leves nos próximos dias, informou o Planalto. A previsão é que ele fique no Alvorada todo o fim de semana.
O assunto rapidamente repercutiu na internet. “Podia ficar sem falar ate 2022”, tuitou um internauta. “Sem falar? Vai é tuitar pra valer kkk”, escreveu um apoiador do presidente. “Dentista que extraiu dentes de Jair Bolsonaro pede que ele fique três dias sem falar e ganha o Nobel da Paz, entenda”, postou outro.
Bolsonaro também cancelou
a viagem que faria a Florianópolis (SC) na próxima segunda-feira para a entrega de ônibus escolares. De acordo com a assessoria do Palácio, o cancelamento se deve a um ajuste na agenda. O presidente deverá ser representado em Santa Catarina pelos ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil) e Abraham Weintraub (Educação).
Na próxima semana, presidente participará de evento do Mercosul na Argentina
A agenda de Bolsonaro na próxima semana ainda prevê viagem a Santa Fé, na Argentina. Ele participará na quarta-feira da 54ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul, bloco que reúne Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.
REJEIÇÃO ÀS ARMAS
Uma pesquisa do Datafolha mostrou que 70% da população brasileira reprovam o projeto do governo de Jair Bolsonaro de flexibilização do porte de armas no país. O levantamento, feito entre 4 e 5 de julho, também registrou o crescimento do apoio à proibição da posse de armamento. Segundo o instituto, a rejeição à posse oscilou de 64% para 66% desde abril.
Foi a maior rejeição a esse tipo de medida registrada pelo Datafolha nos últimos seis anos. Em novembro de 2013, 68% das pessoas ouvidas pelo instituto afirmaram concordar que “a posse de armas deve ser proibida, pois representa ameaça à vida de outras pessoas”.
O levantamento foi feito pouco mais de uma semana após a última revogação de decretos do governo. Em 26 de junho, Bolsonaro editou o texto sobre o tema pela sétima vez. Hoje, estão em vigor três deles. Dois apresentam a definição de arma de uso permitido, com brecha para que um tipo de fuzil, até então considerado armamento restrito às forças policiais, possa ser comprado por um cidadão. Por enquanto, as regras para o porte estão mais restritas. O novo decreto excluiu a permissão para porte que era concedida a mais de 20 categorias.