O Dia

Atendiment­o suspenso no INSS

Presidente do instituto barra perícias no posto do Centro onde o elevador está quebrado

- MARTHA IMENES martha.imenes@odia.com.br

Lembram do segurado Jorge Crim, de 62 anos, que precisou se arrastar pela escada do INSS porque o elevador da agência testá quebrado? Pois bem, depois das imagens flagradas pela TV Globo, o INSS decidiu transferir todas as perícias médicas agendadas na Agência Marechal Floriano, no Centro, para outras unidades. De acordo com o instituto, os atendiment­os foram realocados para agências próximas.

Ainda segundo o INSS, novos agendament­os estão suspensos até a solução dos problemas de acessibili­dade em sua unidade da Marechal Floriano, no Centro do Rio.

Ao ser questionad­o pelo problema, o órgão informou que os atendiment­os médicos prestados nas agências são feitas por peritos federais que não são vinculados ao instituto. O instituto alegou que não tem acesso à forma de agendament­o. O INSS acrescento­u que “o reparo do equipament­o foi solicitado e será concluído o mais breve possível”.

Mas no mesmo dia do ocorrido, o presidente do INSS, Renato Rodrigues Vieira - que estava no Rio - classifico­u como inaceitáve­l a humilhação vivida pelo segurado cadeirante. Vieira disse que determinou a correção imediata dos problemas estruturai­s e de acessibili­dade nas agências do INSS.

RELEMBRE O CASO

Crim chegou ao posto e foi avisado que o elevador não estava funcionand­o. O professor então foi aconselhad­o a remarcar a consulta. Ele já tinha enfrentado o mesmo problema há seis meses, quando precisou reagendar a perícia devido ao mesmo elevador quebrado. Sem saída, subiu os degraus se arrastando pela escada.

O DIA tem recebido denúncias de segurados, que amargam longa espera na concessão do benefício, e de servidores, que questionam o tratamento que a Superinten­dência Sudeste tem dado ao atendiment­o no estado.

“O Rio foi relegado a último plano. Até os contratos de manutenção do instituto saíram do Rio e estão em Minas. E isso dificulta que qualquer agência possa tomar medidas mais rápidas para resolver qualquer problema na unidade”, disse um servidor, que pediu para não ser identifica­do.

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REPRODUçãO Cadeirante teve que se arrastar pelas escadas para ser atendido

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