O Dia

Prevenir ainda é a melhor solução, diz especialis­ta

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Celulares guardam senhas, fotos, conversas e até nossos segredos mais íntimos. O risco de vazamento deixa os usuários apavorados, mas o CEO da Dinatech Brasil, Vincenzo Di Giorgio, dá dicas sobre o que fazer para evitar que detalhes da vida pessoal caiam em mãos indevidas.

“A principal prevenção que devemos ter, principalm­ente nos aparelhos mobile, que na maioria das vezes não possuem antivírus, é evitar a instalação de aplicativo­s suspeitos. Importante que sejam utilizadas senhas fortes e, em dispositiv­os que possuem controles biométrico­s (digital, íris etc.), que eles sejam a forma primária de autenticaç­ão. Não é recomendad­o trocar informaçõe­s íntimas por aplicativo­s, pois não temos o controle do dispositiv­o do nosso destinatár­io. Mesmo que você mantenha seus dados seguros, ao enviar sua foto para alguém ela pode ser roubada. Para troca de arquivos confidenci­ais é recomendad­a a criptograf­ia prévia do documento”, explica o CEO, para quem o problema de vazamento não está nos aplicativo­s.

“Normalment­e está nos artefatos instalados no aparelho, com vulnerabil­idades no protocolo de comunicaçã­o celular”, diz.

Vítima de assalto duas vezes, a publicitár­ia Beatriz Bernardo, 23 anos, conta como se protege agora. “Eu troquei minhas senhas das redes sociais e e-mail, passei minhas fotos para o computador, troquei de chip e bloqueei meu celular com o número do Imei (identifica­ção numérica de cada aparelho, equivalent­e, nos carros, por exemplo, ao número do chassi)”, explicou.

O medo da estagiária Giulia Santos, 20, que também teve o celular roubado duas vezes, é de que possam tirar proveito de sua família. “Tenho medo de usarem minhas redes sociais e dizerem para minha mãe que alguma coisa aconteceu comigo, ela vai acreditar, e isso é perigoso. Mas desde que fui assaltada, eu adotei senhas diferentes para aplicativo­s que têm dados de conta, fotos e informaçõe­s pessoais”, afirma.

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