Celulares viram peças centrais em investigações
Entre os casos mais populares envolvendo celulares está o de Najila Trindade, a modelo que acusa o jogador Neymar de estuprá-la, num hotel em Paris. Segundo ela, o aparelho sumiu após seu apartamento, na Zona Sul de São Paulo, ser arrombado. Ela entregou à polícia um outro celular.
A Lava Jato também foi parar nos celulares. O site The Intercept Brasil vem publicando reportagens com conversas vazadas entre Sérgio Moro e o procurador Deltan Dallagnol, quando o ministro ainda era o juiz responsável por julgar os casos da operação. Segundo a reportagem, Moro sugeriu, entre outras coisas, trocar a ordem de fases, cobrou novas operações, aconselhou e antecipou ao menos uma decisão judicial. Nem Moro nem Dallagnol entregaram seus celulares à Polícia Federal.
Já os problemas com celulares para a deputada Flordelis começaram com o assassinato de seu marido, o pastor Anderson do Carmo. Em depoimento à polícia, a parlamentar disse não saber do paradeiro do celular de Anderson, mesmo tendo sido usado por um dos filhos, horas após o crime, segundo as investigações.
A polícia civil chegou a apreender 40 aparelhos de pessoas que estavam na casa no dia da morte. Uma das netas da deputada teria atirado um celular no mar de Piratininga, cerca de 10 quilômetros de distância de onde a morte aconteceu. O mototaxista que flagrou o momento contou o fato aos investigadores da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí, mas a neta negou. O fato teria acontecido no mesmo dia da busca e apreensão da polícia na casa da deputada.