Interdições na Avenida Brasil causam transtornos no trânsito
Motoristas se irritam com engarrafamentos. Trecho no Caju segue fechado hoje até 23h
O sábado foi de caos para o motorista que acessou a Avenida Brasil. Com as interdições, que acontecem desde sexta-feira para o içamento da treliça para construção de viaduto do BRT Transbrasil, o carioca precisou de paciência. Hoje, as interdições seguem até às 23h, no sentido Centro. Nenhum veículo poderá circular na via entre os bairros de Benfica e do Caju. A pista central será fechada para a obra e a pista lateral já está bloqueada no trecho.
Apesar das placas indicarem as alterações ao longo da via, muitos motoristas se irritaram com o engarrafamento de quase 10 quilômetros, que chegou a Bonsucesso. Caso de Marcos Gomes Fernandes, de 41 anos. Ele saiu de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, e levou cerca de 1h30 para cruzar a via. “Só nesse trecho levei mais de 40 minutos. É o dobro do que levo normalmente em um dia de semana”.
Já o técnico em edificações, Éverton da Silva (32), seguia em direção a São Gonçalo. Ele sabia que teria as interdições, mas conta que foi surpreendido pelo grande fluxo de carros. “Levamos mais de meia hora entre Olaria e o Caju. Aproveitei para abastecer, já que não sei como será daqui para a frente”, afirmou.
O taxista Alexandre Soares, 44 anos, alertou para o risco de arrastão. “Para a gente que trabalha no dia a dia, o trânsito está muito ruim não é de hoje. Além do longo tempo, tem o risco de ficar parado em uma região perigosa como essa”, disse.
Para amenizar o impacto, o MetrôRio aumentou o número de trens em circulação. A Supervia também disponibilizou viagens extras nos ramais Japeri e Santa Cruz em trens paradores. As partidas acontecem às 5h31 e 6h11, em Japeri e às 6h27 e 7h07, na estação Santa Cruz.
“A recomendação é evitar o trecho. Durante todo o final de semana a região ficará com o trânsito comprometido”, disse Joaquim Diniz, presidente da Cet Rio. Também é sugerido que os motoristas sigam pela Linha Vermelha ou rotas alternativas.
A operação de trânsito reúne 43 operadores de tráfego, 38 câmeras de monitoramento e oito reboques.