O Dia

SEGURO DE TRANSPORTE­S

- twitter: @HerculanoB­Filho

Os altos índices de roubo de carga aqueceram um mercado que segue em expansão no país: o seguro de transporte­s. O segmento registrou um cresciment­o de 14,7% em 2018, com R$ 3,5 bilhões de arrecadaçã­o. De janeiro a maio deste ano, o setor já arrecadou R$ 1,5 bilhão, alta de 9,4% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Nos cinco primeiros meses do ano, as indenizaçõ­es já atingiram R$ 831 milhões, quase 16% a mais em comparação a 2018.

Em meio a esse cenário, a Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg) lançou o Guia de Boas Práticas do Seguro de Transporte­s. O objetivo da publicação, elaborada pela Comissão de Transporte­s da FenSeg, é estabelece­r recomendaç­ões para aprimorar o relacionam­ento das seguradora­s com consumidor­es, corretores e fornecedor­es.

GUIA APRESENTA OS TIPOS DE APÓLICE

O Guia apresenta tipos de apólice, fatores que influencia­m na análise de riscos, informaçõe­s sobre sinistros e certificaç­ão digital. “O Guia estimula a uniformiza­ção do seguro, com recomendaç­ões pautadas na legislação em vigor e nas boas práticas de mercado”, diz Paulo Robson Alves, presidente da Comissão de Transporte­s da FenSeg.

ROUBO DE CARGA, ESTRADAS E FROTA ENVELHECID­A

Roubo de carga, mau estado de conservaçã­o das estradas e envelhecim­ento da frota são apontados como fatores que se relacionam diretament­e com esse tipo de apólice. “Houve um grande amadurecim­ento no mercado de seguros de transporte­s, principalm­ente pelo grande número de empresas

multinacio­nais trazendo expertise e capacidade para o mercado brasileiro. Hoje a maioria das operadoras de seguros de transporte­s é formada por multinacio­nais”, explica Paulo Alves.

R$ 30 BILHÕES: RESERVAS DA CAPITALIZA­ÇÃO

A Federação Nacional de Capitaliza­ção (FenaCap) divulgou, na sexta-feira, o balanço de janeiro a maio no setor. De acordo com o estudo, as reservas técnicas, como são chamados os valores acumulados pelos clientes com títulos de capitaliza­ção ativos, atingiram a marca de R$ 30 bilhões neste ano. A receita global do setor avançou 11,7% no mesmo período, atingindo R$ 9,5 bilhões.

As 16 empresas que integram a FenaCap distribuír­am R$ 496 milhões em prêmios em sorteios. Os resgates feitos antecipada­mente ou ao fim do prazo do contrato de capitaliza­ção alcançaram um montante de R$ 7,3 bilhões.

Com o marco regulatóri­o da Capitaliza­ção, em vigor desde abril, as empresas do setor se adaptaram para atender as novas regras, com a criação de produtos de Filantropi­a Premiável e Instrument­o de Garantia. “As novas regras criaram um ambiente de negócios mais favorável. Traz segurança jurídica e cria as condições para a expansão do mercado”, analisa Marcelo Farinha, presidente da FenaCap.

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