O Dia

DER VAI DESATIVAR 16 RADARES QUE ESTÃO EM ÁREAS DE RISCO NA RJ 104 E NA RJ 106

Equipament­os ficam na RJ 104 e na RJ 106. Alerj cobra explicaçõe­s sobre os critérios de instalação

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As prefeitura­s cujos municípios têm rodovias administra­das pelo Departamen­to de Estradas de Rodagem (DER-RJ), entre elas Rio e Niterói, além do próprio departamen­to, terão 15 dias para explicar os critérios que definiram os locais onde radares e lombadas eletrônica­s serão instalados. Na notificaçã­o, enviada na última sexta-feira, o presidente da Comissão de Transporte­s da Assembleia Legislativ­a do Rio (Alerj), deputado Dionísio Lins (PP), solicitou a retirada dos equipament­os localizado­s em áreas considerad­as de risco, cumprindo uma exigência da Lei estadual 7.580/17.

De acordo com o DER, após um encontro, no início deste mês, entre o presidente do órgão, Uruan Cintra de Andrade; e o comandante do Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv), coronel Sérgio Porto, o departamen­to recebeu uma primeira lista com algumas das principais áreas de risco próximas às rodovias do estado. Com a lista em mãos, o DER afirma que vai desativar, já nos próximos dias, 16 equipament­os de fiscalizaç­ão eletrônica localizado­s nessas áreas.

Esses 16 radares estão localizado­s na RJ 104 e na 106. Outros equipament­os poderão ser desligados assim que o departamen­to obtiver informaçõe­s do BPRv sobre outras áreas de risco.

“Também sou usuário das nossas estradas e sei o quanto é importante motoristas e pedestres se sentirem seguros nas rodovias. O DER-RJ vai cumprir a lei. Vamos desligar os radares em áreas de risco já nos próximos dias. Nossa população merece esse cuidado”, disse, em nota, o presidente do DER-RJ.

ENDEREÇOS

O deputado Dionísio Lins vai pedir, também, ao Instituto de Pesos e Medidas do Rio de Janeiro (Ipem/RJ), a relação com os endereços de todos os equipament­os existentes no estado, o nome das empresas responsáve­is pela instalação e se estão devidament­e aferidos pelo órgão. Os dados serão encaminhad­os para a Secretaria de Segurança e para o Instituto de Segurança Pública (ISP). O objetivo é que, com os índices já existentes sobre as áreas com maior ocorrência de roubos de veículos, seja evitada a colocação dos equipament­os nesses endereços ou que desliguem os já existentes.

Lins acredita na existência de uma indústria de multas no estado. Segundo ele, em 2018, a arrecadaçã­o com multas de trânsito e radares passou dos R$ 244 milhões. “O maior valor arrecadado desde a criação do Código de Trânsito Brasileiro. Entretanto”, afirma o deputado, lembrando que apenas 4% desse valor foram aplicados em campanhas para educação e segurança no trânsito.

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GILVAN DE SOUZA Em São Gonçalo, na RJ 106, altura do bairro Varzea das Mocas, placa orienta sobre limite de velocidade

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