O Dia

Witzel quer privatizar Sambódromo como foi feito com Maracanã

Liesa critica prefeitura por decisão sobre serviços durante os desfiles na Sapucaí

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No que depender do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, o Sambódromo será privatizad­o antes do Carnaval 2020. Embora o presidente da Riotur tenha alegado, em entrevista, a falta de tempo hábil para uma licitação, Witzel declarou ao site Carnavales­co que pretende acelerar a concessão da pista de desfiles para iniciativa privada. Segundo o governador, a ideia é repetir o modelo do Maracanã, que hoje é gerido por Flamengo e Fluminense.

“A reforma estrutural é urgente. Já conversei com o (prefeito) Marcelo Crivella e estou colocando R$ 6 milhões nos hospitais da Zona Oeste para desonerar a prefeitura. A intenção é usar o mesmo modelo de concessão do Maracanã no Sambódromo. Os camarotes não podem ficar fechados, pode ser criado um espaço gastronômi­co. Ainda não encontramo­s a documentaç­ão para trazer o Sambódromo para o estado, mas em parceria com os Bombeiros eu vou resolver os problemas”, adiantou.

Indagado com relação à possibilid­ade de o governo do estado assumir a gestão do carnaval, um desejo da Liesa e das escolas, o governador manteve a cautela, avaliando que embora arrecade mais que a prefeitura, o estado não está nadando em dinheiro.

POLÊMICA

Em resposta à intenção da Prefeitura do Rio de proibir que órgãos públicos, como Comlurb e Guarda Municipal, trabalhem em eventos privados, a Liga das Escolas de Samba emitiu uma nota, criticando a decisão.

“A Liesa lamenta e não concorda com as declaraçõe­s do Exmo. Sr. Prefeito do Rio. O evento, gerador de milhares de empregos, recolhe os impostos devidos, colaborand­o, direta e indiretame­nte para que diversos outros setores da economia da cidade arrecadem mais, com valores revertidos para a prefeitura”, diz trecho da nota.

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REPRODUçãO DO FACEBOOK Phellipe virou vendedor ambulante ao ficar desemprega­do, em 2017. À noite, trabalha como chapeiro

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