O Dia

Câmara quer aprovar reforma e Senado estuda outra PEC

Relator estuda apresentar nova proposta com mudanças nas aposentado­rias

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A Reforma da Previdênci­a parece dividir o Congresso. Enquanto na Câmara o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirma que estados e municípios ficaram de fora do texto -base da PEC 6 porque, segundo ele, alguns deputados do Nordeste trabalhara­m contra, o Senado estuda incluir os entes por meio de proposta de emenda constituci­onal paralela. A iniciativa estaria sendo costurada pelo senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), relator da reforma na Casa.

A ideia de Jereissati seria fazer alterações apenas na nova PEC para não ter que devolvê-la à Câmara a proposta original, caso sofra modificaçõ­es no Senado.

“A decisão (de tirar os entes da PEC 6) foi política, corríamos o risco de não aprovar nada”, chegou a afirmar Maia. Após ser aprovada em primeira votação, a PEC 6 deverá ser votada em segundo turno dia 6 de agosto na Câmara.

A presidente da Comissão de Constituiç­ão e Justiça do Senado, Simone Tebet (MDB -MS), disse ontem que considera o prazo de 45 dias “muito otimista”, e que prevê 60 dias para que os senadores analisem a proposta.

REDISCUSSíO

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou ontem que em até seis anos a Previdênci­a terá que voltar a ser discutida, uma vez que a reforma no Congresso está encaminhad­a, mas “não da forma como nós, do governo, gostaríamo­s”. A declaração foi feita em evento no Rio, após o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), avaliar ser possível votar a reforma na Casa até dia 5 de setembro.

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ROQUE DE SÁ/AGÊNCIA SENADO A senadora Simone Tebet (MDB-MS) prevê 60 dias para votação

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