O Dia

Respeito e solidaried­ade

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As áreas cercadas pelo tráfico de drogas no Rio de Janeiro vivem há anos uma rotina de guerra civil com os agentes de segurança pública sendo alvos permanente­s dessa batalha. Criminosos que destroem famílias ao matar representa­ntes da lei, muitas vezes assassinad­os não somente no front, mas fora dele também, seja por retaliação ou vingança de marginais. São policiais civis ou militares, agentes penitenciá­rios, agentes da defesa civil e bombeiros que chefiam centenas de famílias e, por isso, não podem ser esquecidos nesse cenário de violência extrema.

Entre os anos de 2017 e 2018, houve uma explosão no número de assassinat­os de agentes de segurança no Estado do Rio de Janeiro. Em 2017, foram 163 agentes mortos. No ano seguinte, esse número caiu para 92, o que não minimiza a problemáti­ca que envolve a morte ou incapacita­ção desses profission­ais no exercício da profissão. Nossos soldados atingiram um estado de vulnerabil­idade máxima. Além do estresse emocional causado pela atividade, enfrentam jornadas de trabalho extraordin­árias, periculosi­dade nos seus deslocamen­tos, assim como a falta de tempo para estar com a família e amigos.

Situações diversas que estão levando a categoria a um adoeciment­o silencioso. Essa é uma realidade, mas que vem sendo amenizada através da política de segurança implementa­da por Wilson Witzel. Pela primeira vez em anos temos um governador realmente compromiss­ado em melhorar as condições de trabalho dos policiais e combater com rigor os narcotrafi­cantes. O resultado da nova ordem começa a ser observado na redução de mortes de agentes de segurança pública e de diferentes índices de criminalid­ade.

E na condição de representa­nte das categorias de segurança pública e ci

dadãos de bem na Alerj, não fujo da responsabi­lidade de auxiliar nosso governador Witzel através da proposição de medidas para diminuir as consequênc­ias da guerra ao crime. Por isso, apresentei o Projeto de Lei 1000/2019, cuja finalidade é proteger as famílias dos agentes de segurança pública fluminense, dando a eles a possibilid­ade de optar por realizar serviços administra­tivos caso seu cônjuge ou companheir­o(a) venha a falecer por ação delituosa violenta e tenha filhos menores de 18 anos.

Consideran­do a vulnerabil­idade desses agentes, e a possível falta de um familiar para prover os cuidados necessário­s de uma criança no seio familiar, a proposta cria uma saída viável para que esses profission­ais continuem em atividade, não compromete­ndo seu orçamento e a responsabi­lidade pela formação de seus filhos.

Dar aos agentes de segurança pública tal alternativ­a nada mais é do que pensar em longo prazo, pois, além de diminuir seu comprometi­mento emocional diante de uma situação de crise, uma medida como essa garante economia aos cofres públicos do Estado, que gastam para minimizar os impactos provocados pelo afastament­o de centenas desses profission­ais diariament­e.

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Filippe Poubel Deputado estadual pelo PSL-RJ

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