‘Se Deus quiser, correrá tudo bem nessa cirurgia’
Na véspera de sua quarta operação desde a facada durante a campanha, Bolsonaro demonstrou otimismo. Recuperação levará sete dias
O presidente Jair Bolsonaro passará, hoje, no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, pela quarta cirurgia na barriga desde a facada sofrida durante a campanha eleitoral, em setembro de 2018, em Juiz de Fora (MG). Ontem, antes de participar do primeiro desfile de 7 de Setembro como presidente, Bolsonaro declarou que estava tranquilo em relação à operação. “Há dois dias eu estou observando fielmente (as recomendações) que os médicos passaram pra mim. Se Deus quiser, correrá tudo bem”, afirmou.
O objetivo, segundo o Palácio do Planalto, é corrigir uma hérnia (saliência de tecido) em decorrência das intervenções anteriores. A operação, de médio porte, será feita pelo médico Antonio Luiz Macedo, o mesmo responsável pelo atendimento a Bolsonaro após o ataque. O presidente se emocionou ao lembrar do episódio em duas ocasiões. “Eu devo ser submetido a uma cirurgia brevemente... Mas faz parte da vida da gente. Até foi uma passagem na minha vida. Agradeço a Deus por ela, e pela missão que tenho no momento”, disse no dia 1º deste mês, em entrevista a jornalistas.
REPOUSO
Na última sexta-feira, o presidente chorou em cerimônia de lançamento da carteira estudantil digital no Palácio do Planalto, enquanto ouvia o discurso de Onyx Lorenzoni, ministro da Casa Civil. “Eu quero agradecer a Deus, porque naquele dia, de seis de setembro do ano passado, Ele protegeu a vida do então candidato Jair Messias Bolsonaro”.
Em nota, o hospital informou que a hérnia incisional está localizada na parede abdominal, perto da cicatriz da facada, do lado direito, onde foram feitas três laparotomias. De acordo com a equipe médica, o pós-operatório vai levar cerca de uma semana. Pelas redes sociais, o presidente disse que deve ficar afastado por 10 dias.
A primeira cirurgia aconteceu em 6 de setembro de 2018, logo após o atentado, em um hospital de Juiz de Fora. Cinco cirurgiões e dois anestesistas participaram da intervenção. Durante o procedimento, Bolsonaro recebeu quatro bolsas de sangue e teve implantada uma bolsa de colostomia.
Dias depois, ainda em setembro de 2018, em São Paulo, ele passou por uma segunda intervenção, na qual os médicos reabriram o corte da primeira cirurgia e encontraram a obstrução em uma alça do intestino delgado, na parte esquerda da barriga. Em janeiro deste ano, o presidente voltou ao Hospital Albert Einstein, em São Paulo, para a retirada da bolsa de colostomia e ligamento do intestino.