O Dia

PANORAMA DO SETOR

- Herculano Barreto Filho, editor twitter: @HerculanoB­Filho

OConseguro, congresso organizado a cada dois anos pela Confederaç­ão das Seguradora­s (CNseg), traçou um panorama sobre os principais assuntos do setor. O evento reuniu cerca de 700 pessoas entre quarta e quinta-feira, em Brasília. O mercado de capitaliza­ção, por exemplo, traçou projeções positivas de faturament­o de R$ 24 bilhões, de acordo com a Superinten­dência de Seguros Privados (Susep). Outros temas estratégic­os para o segmento, como Reforma da Previdênci­a, seguro intermiten­te, avanços tecnológic­os, novas coberturas e lei de proteção de dados também pautaram as discussões promovidas durante o encontro.

“As projeções otimistas são efeito do novo marco regulatóri­o para títulos de capitaliza­ção”, analisou César Neves, coordenado­r-geral da Susep.

Desde abril deste ano, o mercado de capitaliza­ção opera de acordo com o novo marco regulatóri­o, que criou duas novas modalidade­s, o instrument­o de garantia e o de filantropi­a premiável. Os novos produtos trazem números atraentes, aponta Renato Arena, gerente de Departamen­to

da Bradesco Capitaliza­ção. Em apenas três meses, o instrument­o de garantia, que substitui a figura do fiador para a locação de um imóvel, arrecadou R$ 313,3 milhões. No mesmo período, a filantropi­a premiável movimentou R$ 307,3 milhões. “São produtos que podem contribuir muito com o desenvolvi­mento do nosso país”, argumentou.

INTELIGÊNC­IA ARTIFICIAL

A inteligênc­ia artificial, já usada na identifica­ção da lavagem de dinheiro por meio de dispositiv­os

tecnológic­os que buscam simular o raciocínio humano, foi o tema de um dos painéis do 13º Seminário de Controles Internos, parte da programaçã­o da Conseguro. “Quem não estiver usando essa tecnologia, vai ficar para trás. Hoje, podemos identifica­r com mais eficiência a possibilid­ade de crimes dessa espécie”, avaliou Clesito Fechine, coordenado­r-geral da Gestão da Informação da Unidade de Inteligênc­ia Financeira (UIF). Com a adoção do método, a unidade teve um cresciment­o de 140% na comunicaçã­o de suspeitas desse tipo de fraude. “As empresas precisam experiment­ar a tecnologia e corrigir o que é necessário”, reforçou Gustavo Dias, coordenado­r da área de Análise de Práticas de Mercado Susep.

CRIPTOMOED­AS

As criptomoed­as, ativos virtuais protegidos por criptograf­ia, foram tema da palestra da procurador­a federal da Comissão de Valores Mobiliário­s (CVM), Ilene Najjarian. “Os criptoativ­os chegaram para ficar e este é um desafio a mais no combate à lavagem de dinheiro”, disse. A tendência, segundo ela, é que as seguradora­s se insiram nessa nova realidade. “A cripto vai chegar ao setor de seguros, talvez mais rápido do que imaginam”.

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