O Dia

Calamidade: votação terça-feira

- Paloma Savedra site: www.odia.ig.com.br/colunas/servidor e-mail: paloma.savedra@odia.com.br

A Assembleia Legislativ­a do Rio já tem data para votar a prorrogaçã­o da calamidade financeira do estado para o fim de 2023. A mensagem do governo Witzel com o projeto de lei chegou ontem à Casa, conforme a Coluna antecipou. E o presidente André Ceciliano (PT) levará o texto — que tramitará em regime de urgência — ao plenário em sessão extraordin­ária, às 13h45 da próxima terça-feira.

Como também era esperado, a Alerj recebeu a proposta que estende a validade do Fundo de Combate à Pobreza (FECP) até 31 de dezembro de 2023. E os deputados estaduais também votarão a matéria na mesma sessão extra em que o PL da calamidade será submetido ao crivo legislativ­o.

A ampliação do estado de calamidade financeira é considerad­a fundamenta­l por integrante­s do Palácio Guanabara, já que, nesse período de exceção, o governo fica desobrigad­o a cumprir algumas determinaç­ões da Lei de Responsabi­lidade Fiscal (LRF). E o Rio ainda segue desenquadr­ado à LRF, com um endividame­nto acima do permitido desde 2016.

Aliás, na época em que o então governador em exercício, Francisco Dornelles, editou o decreto de calamidade, às vésperas das Olimpíadas no Rio, o estado estava com os gastos com pessoal acima do limite imposto pela lei.

Naquele ano, o Poder Executivo estourou o teto de despesas com salários: gastou 61,73% da receita corrente líquida com salários, sendo que o limite é de 49%.

Depois, em novembro, a medida virou lei após passar pelo aval da Alerj.

Na soma dos gastos com pessoal de todos os Poderes e órgãos, o Estado do Rio também estourou o teto naquele ano: as despesas alcançaram 73,31% da receita, acima de 60%. Vale lembrar que, hoje, o cenário é outro e o Rio está cumprindo os limites da LRF.

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