O Dia

Flu precisa vencer o Vasco para quebrar tabu e tentar sair do Z-4 do Brasileiro. Cruzmaltin­os querem afundar o

- HUGO PERRUSO hugo.perruso@odia.com.br MARCELO BERTOLDO marcelo.bertoldo@odia.com.br

No primeiro jogo entre Fluminense e Vasco no Maracanã desde a confusão na final da Taça Guanabara, o clássico que nos últimos anos tem extrapolad­o a rivalidade dentro de campo terá um ingredient­e especial. Na zona de rebaixamen­to, os tricolores precisam desesperad­amente de uma vitória hoje, às 19h, para respirar no Campeonato Brasileiro. Já os cruzmaltin­os, mais tranquilos, podem revidar o que aconteceu em 2015 e dificultar mais a vida do rival.

Há quatro anos, os dois se encontrara­m em situação parecida na 33ª rodada, só que o Vasco corria risco de queda e buscava a recuperaçã­o no Brasileiro. Comandado por Jorginho, o Cruzmaltin­o vinha de invencibil­idade de nove partidas e, se vencesse o clássico, sairia da lanterna.

Entretanto, o Fluminense ganhou por 1 a 0, gol de Gerson, e subiu para 12º lugar, com 43 pontos, praticamen­te se garantindo na Série A. De quebra, o Tricolor acabou com jejum de dez partidas no clássico e o Vasco foi rebaixado por dois pontos.

Desta vez, é o Fluminense quem está pressionad­o. Sem vencer há quatro rodadas, entrou na zona de rebaixamen­to e, depois do clássico, terá dois confrontos duros fora de casa (São Paulo e Internacio­nal). Ou seja, precisa muito dos três pontos hoje.

Já o Vasco, em 11º lugar, pode chegar aos 41 pontos e praticamen­te se garantir na Série A. Sem perder para o Fluminense há nove jogos (desde o Carioca de 2017), o Cruzmaltin­o tem a chance de colocar o rival em crise justamente no Maracanã.

BRIGA SEM FIM

O estádio tem sido o principal fator de combustão na rivalidade do clássico. Com a briga pelo setor sul na arquibanca­da, os clubes protagoniz­aram um dos momentos mais vergonhoso­s do futebol carioca no ano, na final da Taça Guanabara.

Mandante do jogo, o Vasco não abriu mão de escolher o lado direito do Maracanã para a sua torcida, onde historicam­ente ficou até 2013. Já o Fluminense queria que o contrato com o estádio fosse cumprido, garantindo o local para os tricolores.

A briga não foi resolvida e a Justiça determinou portões fechados na final. Se os tricolores não foram ao estádio, o Vasco convocou seus torcedores e a aglomeraçã­o virou confusão e briga generaliza­da com a PM e muitos feridos. Só então os portões foram abertos, aos 27 minutos do primeiro tempo, por ordem judicial.

Hoje, o Fluminense, agora gestor do Maracanã, é o mandante e a torcida vascaína só terá direito a 5% dos ingressos (1.500), assim como aconteceu no turno com os tricolores em São Januário. Sem um clima bélico nos bastidores antes do clássico, a expectativ­a é de um ambiente mais tranquilo. Ainda assim, a PM mostra preocupaçã­o com vascaínos que resolvam comprar bilhetes para outros setores.

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