O Dia

Reforma deve tirar policiais militares e bombeiros do Rioprevidê­ncia

Gestor da autarquia explica como será projeto para categorias ficarem sob a cobertura do Tesouro

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Areforma no sistema de proteção social dos militares das Forças Armadas vai afetar os PMs e bombeiros estaduais. E no Rio de Janeiro, a equipe que administra o fundo previdenci­ário já está de olho em algumas mudanças. A ideia que vem tomando forma é de separar essas duas categorias dos servidores civis, informou à Coluna o diretor-presidente do Fundo Único de Previdênci­a Social (Rioprevidê­ncia), Sérgio Aureliano.

Assim, os policiais e bombeiros ficariam sob a ‘cobertura’ do Tesouro (principal caixa do estado, abastecido por ICMS e outras fontes). E a autarquia não teria mais a responsabi­lidade de bancar os proventos dessas duas classes — que têm regras diferencia­das, com direito à integralid­ade (benefício no mesmo valor do último salário na ativa) e à paridade (mesmo reajuste que o pessoal da ativa).

Se a medida vingar, seu efeito prático será o ‘alívio’ do caixa previdenci­ário, já que, hoje, são gastos cerca de R$ 5 bilhões por ano para garantir pagamentos dos PMs e bombeiros na inatividad­e.

Para se ter uma ideia, a folha de pagamentos anual do Poder Executivo do Rio (somando ativos, aposentado­s e pensionist­as) é em torno de R$ 29 bilhões. E são gastos cerca de R$ 10 bilhões com os salários e proventos dos militares estaduais.

Segundo Aureliano, deixar os militares sob a ‘guarda financeira’ do Tesouro é uma ação inclusive prevista no projeto de lei de reforma das Três Forças (que inclui PMs e bombeiros) e na PEC 6 (proposta de emenda constituci­onal) da Reforma da Previdênci­a (dos civis).

“A primeira coisa a ser destacada é que militares não se aposentam, eles vão para a reserva. O entendimen­to é de que não recebem aposentado­rias, e sim proventos. E como eles não fazem parte da previdênci­a, eles ficariam sob a responsabi­lidade do Tesouro dos estados”, explicou o gestor da autarquia.

Ele tem se reunido com outros diretores de regimes próprios nas reuniões do Consórcio Sul e Sudeste (Cosud). E disse que, no Estado de São Paulo, os militares já recebem direto pelo Tesouro. “Se a reforma passar do jeito que está, os estados do consórcio vão fazer o mesmo que São Paulo”, cravou.

Se a reforma passar do jeito que está, os estados das regiões Sul e Sudeste adotarão essa medida” SÉRGIO AURELIANO, presidente do Rioprevidê­ncia

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DIVULGAÇÃO/GOVERNO DO ESTADO Policiais militares e bombeiros passarão a contribuir para a previdênci­a com percentual menor

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