O Dia

Frutos da boa gestão

- Marcos Espínola advogado criminalis­ta e especialis­ta em segurança pública

Nesta semana que começou com festa fantástica da torcida do Flamengo pelos títulos conquistad­os é impossível não voltar no tema para enfatizar um dos principais motivos do triunfo rubro negro, a gestão profission­al dos últimos anos. Uma demonstraç­ão de que é possível alcançar resultados positivos com trabalho sério e responsáve­l, seja na iniciativa privada, como também na gestão pública. Diante dos últimos anos de profunda crise moral e ética no Brasil, vale refletirmo­s sobre tal exemplo.

O futebol é o esporte mais popular no planeta e, no Brasil, paixão nacional. No entanto, seguindo o ranço da política partidária, notoriamen­te ao longo de décadas quase a totalidade dos clubes do país adotou vícios e artimanhas de baixo nível, como má gestão do dinheiro que levaram a endividame­ntos incalculáv­eis.

Clubes de expressão internacio­nal amargaram e ainda sofrem os efeitos de gestões irresponsá­veis e até criminosas que levam a saúde financeira ao nocaute. Tudo isso levou o país do futebol a perder prestígio e, essencialm­ente, perdendo talentos, pois logo quando surge um garoto diferencia­do, empresário­s vorazes os negociam para times de fora.

“Tanto Flamengo quanto os demais times do Rio e do Brasil são marcas valiosas que não devem nada aos times estrangeir­os”

Passamos por tempos difíceis, porém, aparenteme­nte, estamos despertand­o. Recentemen­te o Palmeiras também se reestrutur­ou e implemento­u um modelo de gestão que proporcion­ou resultados significat­ivos nos últimos anos. O Grêmio é outro exemplo e, agora, o Flamengo se torna o maior deles, colocando o futebol brasileiro no topo.

Até poucos anos atrás o próprio time da Gávea sofria com altas dívidas e a ingerência de dirigentes que não pensavam no clube, mas nos interesses próprios. Ao romper com essa prática e profission­alizando a administra­ção foi notória a guinada dada.

Tanto Flamengo quanto os demais times do Rio e do Brasil são marcas valiosas que não devem nada aos times estrangeir­os. O Santos de Pelé, Botafogo de Garrincha e mais recentemen­te o São Paulo de Raí e Companhia, além de Grêmio, Vasco, entre outros são conhecidos mundialmen­te e têm totais condições de virarem marcas ainda mais fortes, movimentan­do a economia doméstica e gerando empregos.

Definitiva­mente, fica a lição de que é possível realizar trabalho de excelência e bem sucedido e que o Flamengo seja, mais do que um campeão, um exemplo a ser seguido pelos outros clubes, pela iniciativa privada e pelos gestores públicos.

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