O Dia

Novos voos para o Rio de Janeiro

- Lucas Tristão

No dia 12 de novembro, o governador Wilson Witzel assinou decreto reduzindo o Imposto sobre Circulação de Mercadoria­s e Serviços (ICMS) que incide sobre o querosene de aviação, o combustíve­l utilizado em aviões. A medida é estratégic­a por vários motivos.

No Brasil, o querosene de aviação correspond­e a cerca de 30% dos custos das companhias aéreas, que acabam repassando parte dos aumentos do combustíve­l para as passagens. Ao reduzir a alíquota atual, que é de 13%, para até 7%, os custos para o transporte aeroviário - diante do compromiss­o das companhias aéreas de uma maior oferta de voos -, além de contribuir para um cenário de redução dos preços das tarifas, o Rio de Janeiro vai atrair novas empresas, benefician­do ainda aquelas que já operam no estado.

A iniciativa é importante para auxiliar o desenvolvi­mento do turismo no estado. O Rio não acompanhou o cresciment­o da aviação no país na última década. De 2008 a 2018, o setor cresceu 3,4% em nível nacional, mas apenas 1,1% no Rio. Além disso, perdeu 25% dos voos domésticos e internacio­nais em seis anos, entre 2012 e 2018, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Uma das prioridade­s do governador Wilson Witzel, desde o início da gestão, foi captar mais voos domésticos para o Rio de Janeiro. O resultado é que apenas neste ano já ganhamos voos diretos para Londres, pela companhia norueguesa Norwegian, e para Buenos Aires, pela argentina Flybondi. A Delta Air Lines, que havia decidido suspender os voos sazonais de Nova York para o Rio de Janeiro, decidiu retomar a rota a partir de 2020. Após o decreto, Gol e Azul, duas das maiores companhias aéreas do país, já anunciaram que vão aderir à política de incentivos.

Assim, espera-se que a medida impulsione a demanda de turistas, por meio da ampliação da oferta e da frequência dos voos que partem e aterrissam em solo fluminense.

O Rio de Janeiro é o principal destino do país para turistas nacionais e estrangeir­os que visitam o Brasil em busca de lazer. Recebemos 2,2 milhões de turistas internacio­nais por ano. A Secretaria Estadual de Turismo estima que a redução de imposto do querosene de aviação pode elevar o número de turistas na cidade em até 20% no próximo ano, incluindo visitantes internacio­nais e brasileiro­s.

Com isso, vamos fazer crescer a taxa de ocupação dos hotéis, o movimento nos restaurant­es, bares, supermerca­dos, lojas, shopping centers e pontos turísticos. Ou seja: uma medida simples que, junto com as providênci­as tomadas pelo governo para garantir a segurança pública, contribuir­á para aumentar a atividade econômica no estado, gerando mais empregos e renda para a população fluminense.

A redução do ICMS é, por um lado, um grande incentivo para as companhias aéreas e para o turismo; por outro lado, mais um esforço do governo Wilson Witzel para melhorar a atrativida­de de investimen­tos e negócios do Rio de Janeiro, criando novas rotas, dando mais conectivid­ade e garantindo novos e melhores voos para o desenvolvi­mento econômico do estado.

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