O Dia

Casa Militar

- LeANDrO MAZZINI

Com a entrada do general Walter Braga Netto no comando da Casa Civil, no lugar de Onyx Lorenzoni, o Palácio do Planalto torna-se uma Casa de comando militar. A Secretaria-Geral da Presidênci­a, antes ocupada por Gustavo Bebianno, é chefiada pelo major Jorge Oliveira; a Secretaria de Governo está sob o comando do general Luiz Eduardo Ramos e o general Heleno chefia o Gabinete de Segurança Institucio­nal (GSI). Os militares estão à frente de mais de um terço dos ministério­s do governo Bolsonaro. O maior desafio do Planalto - e o temor dos congressis­tas - é a jinga para articulaçã­o.

Sai daí..

O ministro Osmar Terra, médico e deputado federal com bom trânsito, não pediu para deixar o comando da Cidadania (ações sociais e Bolsa Família). Foi forçado a sair.

..que eu preciso

A saída sob pressão de Terra tem a ver com a blindagem de Onyx. Ele precisa do cargo no primeiro escalão para não cair, no plenário, na lupa da PF por eventual caixa 2.

Lembrete

Enquanto isso, a ‘base’ no Congresso é um desastre. O governo de Jair Bolsonaro é recordista em MPs derrubadas no plenário. A ‘base’ bate cabeça desde o início de 2019.

Carteirinh­a

Possível nova derrota do governo: a Medida Provisória que criou a carteirinh­a estudantil gratuita perderá a validade no dia 16. A chamada MP da Liberdade Estudantil pretendia acabar com o monopólio de entidades estudantis que emitem o documento. A proposta chegou ao Congresso em setembro passado e, por falta de articulaçã­o dos governista­s, a comissão especial para discutir o texto sequer foi instalada.

Monopólio político

A oposição apresentou mais de 100 emendas para alterar a MP, a maioria do PT e PCdoB - que controlam as entidades que emitem a carteirinh­a paga. Mais de 27 mil documentos foram emitidos gratuitame­nte desde a assinatura da MP.

Insultos

O desfile impune de Hans River após seu depoimento à CPI das Fake News, há dias, seria outro (com algema) se o Congresso tivesse aprovado o Projeto de Lei 226/06 que estabeleci­a pena de até três anos para quem mentisse. O Congresso o arquivou em 2011, cinco anos depois da CPI dos Correios em 2006 quando a proposta nasceu.

Corre-corre

Numa atitude canalha e sem provas, Hans River insinuou que uma repórter da Folha de S.Paulo ofereceu sexo em troca de informaçõe­s. Agora, com a repercussã­o negativa da impunidade, deputados querem novo PL para enquadrar esse tipo de ato.

Zonzo no ringue

O PSB de Pernambuco onde a cúpula nacional se concentra - levou soco e está cambaleant­e após denúncias do irmão de Eduardo Campos, Tonca. Silêncio é a ordem.

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