O Dia

Enredos politizado­s, brilho e problemas técnicos

No primeiro dia em São Paulo, incidente provoca falta de luz e interrompe desfile

- > São Paulo

Na primeira noite do Carnaval paulista, as escolas de samba carregaram na crítica social em meio à folia do Anhembi. Teve alegoria gigante da vereadora carioca assassinad­a Marielle Franco e crítica à violência policial e contra as mulheres. O ativismo fez parte do desfile entre a noite de sexta e o início da manhã de ontem.

Mais elaborada que em edições anteriores, a festa em São Paulo teve como ponto baixo, no entanto, um intervalo forçado de cerca de 1h20, após um carro alegórico enroscar na rede elétrica na dispersão, deixar parte do sambódromo sem luz e atrasar as demais apresentaç­ões.

O incidente aconteceu por volta de 2 horas, no fim do desfile da atual vice-campeã, a Dragões da Real - terceira da noite. O abre-alas, que havia passado sob o pórtico que mede o limite de altura, bateu em um fio na saída do Anhembi e derrubou a luz de áreas externas. O cronômetro oficial parou de funcionar. A companhia de luz foi acionada e a avenida ficou travada. A escola não deve perder ponto. O problema ocorreu após o fim do desfile.

Embora as apresentaç­ões tenham continuado depois de o problema ser resolvido, houve quem se sentiu prejudicad­o. “A gente não preparou o desfile para acontecer à luz do dia, infelizmen­te acaba atrapalhan­do”, disse Eduardo dos Santos, presidente da Acadêmicos do Tatuapé. Prevista para se apresentar de madrugada, a agremiação cruzou a linha de chegada de manhã.

Em comum, as escolas paulistas puderam comemorar que a possível tempestade, aguardada com apreensão, ficou só na ameaça. Já era de manhã, no penúltimo desfile, quando uma chuva moderada começou, às 7 horas. Depois parou. O público foi estimado em cerca de 30 mil pessoas.

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